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VÍDEO: Médico Saulo Viana recorda trajetória de lutas e chora ao falar do tratamento de saúde da mãe

? O médico anestesista Saulo Viana até que tentou ser forte durante entrevista ao programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, mas a emoção transbordou em vários momentos, sobretudo quando ele falou da sua mãe, que está enfrentando um intenso tratamento contra o câncer.

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

28/01/2024 às 20:18:08 - Atualizado há

Saulo Viana se mudou para João Pessoa pela primeira vez em 1995, aos 16 anos de idade, para cursar o então 2º Grau Científico. Após não obter sucesso no primeiro vestibular para Medicina, retornou para Sousa, onde ficou por mais um tempo estudando. Somente na segunda passagem pela Capital paraibana, quando se matriculou em um cursinho pré-vestibular, é que ele passou nas provas e foi fazer o curso dos sonhos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Os anos de formação foram bem difíceis porque a ajuda de custo que o pai mandava era pouca. Por muito tempo, Saulo viveu com apenas um colchão no chão de um apartamento simples compartilhado com colegas, um ventilador e uma mochila com roupas. Mas a perseverança, que tanto acompanhou a sua vida naqueles tempos, manteve a chama acesa.

Após terminar o curso de Medicina em Pernambuco, voltou para sua terra natal e trabalhou por três anos como clínico geral em Postos de Saúde da Família, SAMU e Pronto Socorro. Essas experiências profissionais não só ajudaram a pagar as contas, como deram ao jovem médico as primeiras noções claras do que é trabalhar no setor público e também lhe renderam amizades e um casamento. Foi no Pronto Socorro de Sousa que ele conheceu a enfermeira Camila, com quem é casado desde 2011. “Graças a Deus, nos lugares em que eu passei, deixei as portas abertas e muitos amigos também”, diz o médico.

Como se tornou anestesista

Não demorou para que os esforços de Saulo, ainda como estudante, fossem recompensados novamente. Ele se submeteu a dez provas para Residência Médica em todo o Brasil e conseguiu passar em duas, uma em São Paulo e outra em Brasília. E foi a Capital Federal que o paraibano optou para cursar sua especialidade em Anestesia, no Hospital de Base, um dos mais referenciados do país.

Retornou a João Pessoa em 2014 e logo conseguiu, através de concursos, se fixar como médico anestesista no Hospital de Traumas Senador Humberto Lucena e no Hospital Universitário Lauro Wanderley. Paralelamente, também atua em unidades de saúde do setor privado.

Em 2023, o médico também se enveredou por outra seara profissional inédita na sua vida: o jornalismo. Ele começou o quadro Diário Saúde, no Sistema Diário de Comunicação, e também a coluna escrita com o mesmo nome. Além de escrever sobre temas relacionados à saúde, Saulo faz comentários em vídeo, realiza entrevistas e coberturas jornalísticas de eventos.

Saulo Viana, médico anestesista natural de Sousa (Foto: Diário do Sertão)

É feliz sendo médico?

“Graças a Deus, foi a profissão certa que eu escolhi. Eu gosto de ser médico, primeiramente porque eu sei fazer; porque foi uma coroação pelo que eu sempre sonhei e me destinei. Abri mão de muita coisa, da minha juventude praticamente. E eu quis fazer Medicina não foi só para uma glória pessoal, quis fazer também para poder mudar o destino das pessoas. A gente sabe que é um ofício em que a gente pode promover o bem de uma forma mais intensa.”

O que acha de quem faz medicina pensando em dinheiro?

“Medicina exige muita dedicação. Para você prestar um atendimento de qualidade, você tem que se dedicar muito àquilo ali, e tem que ter uma empatia. Não tem como você entrar simplesmente porque quer ter retorno financeiro. Se entrar assim, você não fica na profissão. Você fica na profissão que gosta, quando vê o resultado, quando vê o teu paciente bem.”

Emoção ao falar novamente da mãe

Saulo vem acompanhando o tratamento que dona Fátima faz para se curar do câncer. Ela já passou por dois procedimentos cirúrgicos. Embora as batalhas sejam desgastantes, o médico confia que esse momento será superado.

Mesmo que o filho não seja do tipo que demonstra, através de gestos físicos constantes, o amor que sente pela mãe, esse amor transborda nas lágrimas que teimam em cair quando ele fala dela.

“Às vezes a gente ama sem externar. Nossos pais, irmãos, esposa, as pessoas que a gente ama – e por que não dizer nossos pacientes – às vezes a gente não externa, mas está aqui”, diz o médico, apontando para o coração.

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