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Congresso do Peru retoma votação do impeachment do presidente Martín Vizcarra após breve suspensão

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

18/09/2020 às 23:42:15 - Atualizado há
Debates de deputados e lideranças partidárias foram encerrados. Cargo será declarado vago se 87 parlamentares votarem a favor da destituição. Martín Vizcarra, presidente do Peru, em foto de 3 de outubro de 2019

Guadalupe Pardo/Arquivo/Reuters

O Congresso do Peru retomou na noite desta sexta-feira (18) a votação sobre o impeachment do presidente Martín Vizcarra.

Mesmo após a conclusão dos debates dos deputados e líderes dos partidos, o presidente do Parlamento, Manuel Merino, decidiu colocar em pauta outro tema em votação: o financiamento de partidos.

Porém, após a aprovação do texto que muda regras para as próximas campanhas eleitorais, as discussões sobre a destituição de Vizcarra foram retomadas.

Impeachment de Vizcarra

Presidente do Peru, Martín Vizcarra, faz pronunciamento nesta sexta-feira (18) em julgamento no Congresso

Presidência do Peru

O processo de impeachment contra Vizcarra, de 57 anos, foi aberto na semana passada, depois do vazamento de áudios que, segundo parlamentares, mostram o presidente tentando minimizar a sua relação com o cantor Richard Cisneros, investigado por conta de contratos irregulares com o governo.

Nos áudios, Vizcarra conversa com duas assessoras sobre as idas de Cisneros ao palácio presidencial e pede para que mintam em um inquérito parlamentar.

Em seu discurso diante dos parlamentares, o presidente colocou-se à disposição do Ministério Público e fez um apelo para que os congressistas "não se distraiam" neste momento em que o país enfrenta a crise do coronavírus.

Segundo o mandatário, até o momento, não há comprovação de irregularidades que justificassem a sua destituição.

"O único ato ilegal que está comprovado até agora é a gravação clandestina", afirmou.

Se Vizcarra for derrubado, o chefe do Congresso, Manuel Merino, político discreto quase desconhecido dos peruanos, assumirá as rédeas do país. O popular presidente, que deixaria o poder dez meses antes do término de seu mandato, teria um destino semelhante ao de seu antecessor Pedro Pablo Kuczysnki (2016-2018), que foi forçado a renunciar sob pressão do Parlamento.
Fonte: G1
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