A reprodução de uma conversa registrada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio, provocou polêmica e indignação por parte de alguns campinenses nos últimos dias.
Tudo porque, no trecho de uma conversa publicada na edição de fevereiro da Revista Piauí, o ministro do TCU desdenha do município de Campina Grande ao dizer que “contra o coronavírus tomaria até se fosse feita em Campina Grande”.
A fala do ministro foi uma resposta a uma pergunta feita pelo presidente que, por sua vez desdenhava do imunizante Coronavac, que Bolsonaro chamava de “vacina chinesa do Doria”.
O texto, intitulado “O Sabotador”, conta, em detalhes, como Bolsonaro agiu nos bastidores e em público para boicotar a vacina contra a Covid-19.
Confira abaixo o trecho da situação que foi publicada pela revista:
“Na semana seguinte, o ministro do TCU, José Múcio, preocupado com o impasse, visitou o presidente. Na conversa, disse que o vírus não tinha partido nem ideologia. “É a chance de o senhor se apropriar dessa agenda, tornar-se o dono da vacina, entregar a vacina para o povo”, argumentava. Bolsonaro não se convencia. Dizia simplesmente que não queria comprar a “vacina chinesa do Doria”. A certa altura, perguntou: “Ô, Zé Múcio, você tomaria uma vacina feita na China?” Ao que Múcio respondeu: “Presidente, contra o coronavírus eu tomaria até se fosse feita em Campina Grande!
O boicote federal à CoronaVac era, então, assunto obrigatório em todas as conversas em Brasília, mas não havia quem convencesse Bolsonaro a contratar logo a vacina chinesa. A essa altura, Doria já havia procurado os ministros do Supremo Tribunal Federal e chegara a discutir o assunto a fundo num almoço com os ministros José Dias Toffoli e Alexandre de Moraes em São Paulo.”
Clique aqui para ler a íntegra do texto da Revista Piauí.
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