Dados são do Imperial College de Londres. No ritmo atual, em tese, cada cem pessoas infectadas no país contaminam outras 102. Banhistas lotam a praia do Leme nesta segunda-feira, 30/11/2020
Marcos Serra Lima/G1
A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus no Brasil é de 1,02, aponta monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas no país transmitem o vírus para outras 102. A atualização da estimativa foi divulgada nesta terça-feira (1) e considera dados coletados até a segunda-feira (30).
Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,11) ou menor (Rt de 0,94). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 111 ou 94, respectivamente.
Mundo tem mais de 1,4 milhão de mortes por Covid
Na semana passada, a taxa de transmissão estava em 1,30, a maior desde o fim de maio.
Os cientistas apontam que "a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela".
Simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.
Números no Brasil
O Brasil tem mais de 173 mil mortes por coronavírus e 6,3 milhões de casos confirmados, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
A média móvel nos últimos 7 dias foi de 35.468 novos diagnósticos por dia, a maior desde 6 de setembro -- quando chegou a 39.356. Isso representa uma variação de 20% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta nos diagnósticos.
Brasil precisa levar a sério o aumento de casos e mortes pela Covid-19, diz OMS
'Brasil precisa levar muito, muito a sério esses números'
Na segunda-feira (30), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o Brasil precisa levar o aumento no número de casos de Covid-19 a sério.
“O Brasil teve seu ápice em julho. O número de casos estava diminuindo, mas em novembro os números voltaram a subir. O Brasil precisa levar muito, muito a sério esses números. É muito, muito preocupante”, disse Tedros.
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