Agência informou que a "empresa tem submetido documentos para avaliação do registro da vacina por meio do procedimento de submissão contínua e não definiu prazo para submissão do pedido de registro". Vacina de Oxford contra Covid-19 tem eficácia de até 90%, diz laboratório
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que se reuniu nesta terça-feira (24) com representantes da AstraZeneca, farmacêutica que produz uma vacina contra a Covid-19 junto à Universidade de Oxford. Por enquanto, a submissão do registro não tem data definida, de acordo com a agência federal.
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Veja a nota completa:
“A Anvisa realizou reunião com a empresa AstraZeneca com o objetivo discutir informações sobre o andamento dos estudos clínicos da Vacina de Oxford. Nessa reunião, foram discutidos os dados obtidos até o momento. A empresa tem submetido documentos para avaliação do registro da vacina por meio do procedimento de submissão contínua e não definiu prazo para submissão do pedido de registro junto à Anvisa”.
90% de eficácia
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca mostrou eficácia de até 90% conforme a dosagem, segundo resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23). Os dados ainda não foram revisados por outros cientistas nem publicados em revista científica.
Principais pontos do anúncio:
A vacina teve 90% de eficácia quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês, de acordo com dados de testes no Reino Unido e no Brasil. Esse foi o regime de menor dose – o que foi um ponto positivo para os pesquisadores, porque significa que mais pessoas poderão ser vacinadas.
Quando administrada em 2 doses completas, a eficácia foi de 62%.
A análise que considerou os dois tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.
O chefe da pesquisa da vacina, Andrew Pollard, disse estar otimista que a resposta imune gerada pela vacina dure pelo menos um ano.
Foram registrados 131 casos da doença entre os voluntários: 101 entre os que receberam o placebo (substância inativa) e 30 entre os que receberam a vacina. Não houve nenhum caso grave da doença entre os que tomaram a vacina.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895 receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma dose completa.
A AstraZeneca pretende ter 200 milhões de doses prontas até o fim de 2020 e 700 milhões de doses até o fim do primeiro trimestre de 2021, em todo o mundo.
A vacina pode ser armazenada, transportada e manuseada em condições normais de refrigeração (entre 2°C e 8°C) por pelo menos 6 meses. (É uma vantagem em relação à candidata da Pfizer, que precisa ser armazenada a -70ºC durante o transporte, e da Moderna, que precisa ficar a -20ºC).
Vacina Astrazeneca
REUTERS/Dado Ruvic
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