Porta-voz de Michelle Bachelet divulgou nota 5 dias após o assassinato de um homem negro em uma loja do Carrefour em Porto Alegre: 'exemplo extremo, mas infelizmente muito comum'. A Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, durante discurso em 30 de junho
Denis Balibouse/Reuters
A porta-voz de Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, se pronunciou nesta terça-feira (24) sobre a morte do João Alberto Silveira Freitas, que foi assassinado por seguranças em uma loja do Carrefour em Porto Alegre na quinta-feira (19).
"Esse ato deplorável, que aconteceu tragicamente na véspera do Dia da Consciência Negra no Brasil, deve ser condenado por todos", afirmou Bachelet em comunicado divulgado por sua porta-voz, Ravina Shamdasani.
"O assassinato de João Alberto Silveira Freitas, um afro-descendente espancado até a morte por dois seguranças particulares na cidade de Porto Alegre, no sul do Brasil, é um exemplo extremo, mas infelizmente muito comum, da violência sofrida pelos negros no Brasil", afirmou a alta-comissária.
"Ele oferece uma ilustração nítida da persistente discriminação estrutural e racismo que as pessoas de ascendência africana enfrentam", afirmou Bachelet. "O governo tem uma especial responsabilidade de reconhecer o problema do racismo persistente no país, pois este é o primeiro passo essencial para resolvê-lo".