Se parlamentares aprovarem a própria dissolução, o país rumará a novas eleições e dará continuidade ao impasse político. Dois líderes rivais aceitaram formar uma coalizão ampla em março, pressionados pela pandemia. De máscara, Benny Gantz e Benjamin Netanyahu conversam em encontro de gabinete em 7 de junho
Menahem Kahana/Pool via Reuters/Arquivo
O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, disse nesta terça-feira (1º) que apoiará uma moção da oposição para dissolver o Parlamento e organizar novas eleições — em mais um sinal de rompimento do líder do partido Azul e Branco com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Após três impasses eleitorais consecutivos, os dois políticos — que são rivais — concordaram em formar governo de ampla coalizão em abril deste ano. A aliança foi construída para evitar uma quarta eleição em meio à pandemia do coronavírus.
Em comunicado, Gantz criticou Netanyahu por não aprovar um plano de orçamento de dois anos e por "não cumprir promessas" do acordo de coalizão firmado entre os dois rivais. O ministro ainda acusou o premiê de tentar apenas escapar do julgamento em que é acusado por corrupção.
"Eu não fui o único enganado por ele [Netanyahu], mas toda a opinião pública também", disse Gantz.
A moção será apresentada por partidos oposicionistas em uma primeira votação nesta quarta (2). Caso não haja acordo e o Parlamento decida pela própria dissolução, Israel vai se encaminhar para uma quarta eleição em menos de dois anos.