Hebert Conceição é medalha de ouro no boxe. O brasileiro entrou no ringue contra o ucraniano Oleksandr Khyznhiak na final até 75kg das Olimpíadas e venceu por nocaute no terceiro round.
E não foi qualquer nocaute. Foi um nocaute espetacular com um cruzado de esquerda no queixo que deixou o rival caído no chão, com o árbitro intervindo e dando a vitória e ouro ao brasileiro.
E o nocaute não poderia vir em melhor hora. Isso porque Hebert Conceição havia perdido de forma unânime pelos cinco jurados nos dois primeiros rounds.
O brasileiro não resistiu à pressão do ucraniano nos rounds iniciais, que desde o início fez uma estratégia de ir para cima a todo momento, golpeando Hebert de forma incansável e se movimentando para frente.
Mas não bastou, já que Hebert conseguiu um nocaute espetacular em Tóquio. Após o final da luta, o brasileiro chorou copiosamente no ringue.
O Brasil encerra a sua participação no boxe em Tóquio-2020 com três medalhas. Além da de Hebert, Abner Teixeira foi bronze entre os pesados, e neste domingo Bia Ferreira disputa o ouro entre as mulheres.
A medalha no boxe também é a 18ª medalha do Brasil no quadro em Tóquio. O país agora tem seis ouros (Ítalo Ferreira no surfe, Rebeca Andrade na ginástica, Martine e Kahena na vela, Ana Marcela na maratona aquática, Isaquias Queiroz na canoagem e agora Hebert), quatro pratas (Kelvin Hoefler, Rayssa Leal e Pedro Barros no skate e Rebeca Andrade na ginástica) e oito bronzes (Bruno Fratus e Fernando Sheffer na natação, Daniel Cargnin e Mayra Aguiar no judô, a dupla Pigossi-Stefani no tênis, Abner Teixeira no boxe, Alison dos Santos e Thiago Braz no atletismo).
E há algo que o quadro não mostra: são mais três pódios já garantidos – um no boxe (Beatriz Ferreira), um no futebol masculino e outro no vôlei feminino. O número de 22 medalhas já é um recorde para o Brasil em Olimpíadas, superando as 19 do Rio de Janeiro.
E mais que isso: o Brasil fica agora a apenas um ouro de igualar também o recorde de 7 douradas no Rio de Janeiro.