O documento diz que "não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento". Enem na edição 2019 na cidade de Blumenau (SC)
Mauricio Cattani/ NSC TV
A Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento das provas do Enem marcadas para 17 e 24 de janeiro (versão impressa). Originalmente, o Enem seria feito em novembro, mas foi adiado devido à pandemia. O Enem 2020 tem 5,78 milhões de candidatos confirmados.
Assinam a ação contra o Ministério da Educação (MEC) e o Inep, autarquia responsável pelo exame, também a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.
O documento da defensoria diz que "temos agora uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão".
E complementa dizendo que "não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos de COVID-19".
Em entrevista ao G1 nesta terça (5), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, descartou um novo adiamento, e disse que o órgão está preparado para fazer a prova com a pandemia.
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A UNE e a Ubes entraram mais cedo nesta sexta com a representação no Ministério Público Federal (MPF).
Na ação, a UNE e a Ubes afirmam que esperavam maior protagonismo do MEC na articulação da rede pública para enfrentar os problemas da educação na pandemia.
“Ao contrário, o MEC e o Inep se mantiveram inertes até que inúmeras ações judiciais pedissem o adiamento do exame e, após serem convencidos da necessidade do adiamento, não dialogam adequadamente com as partes interessadas (secretarias de educação, universidades e estudantes) para definição de uma nova data, desconsiderando absolutamente o resultado da consulta pública realizada através do seu próprio portal”, cita a ação encaminhada ao MPF.
O texto se refere à enquete feita pelo governo com candidatos do Enem para escolher uma nova data do exame. No levantamento, venceu a data de maio, mas a prova foi remarcada para janeiro.
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