O secretário de Vigilância em Saúde explicou como vai funcionar o plano de vacinação contra Covid-19 durante uma coletiva sobre combate à Aids. Ele também falou sobre o perfil de vacina desejada: "que ela seja termoestável". O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse nesta terça-feira (1), em coletiva sobre o combate à Aids, que o plano de vacinação contra Covid-19 só ficará pronto quando a vacina estiver registrada na Anvisa.
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“É fundamental pensarmos que esse plano operacional para a vacinação da Covid-19, ele só definitivamente ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina ou mais de uma, que esteja registrada na Anvisa. Para isso, ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”.
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Medeiros falou também sobre o perfil de vacina desejada. Um dos pontos, segundo o secretário, é que ela seja termoestável. "Desejamos que a vacina seja fundamentalmente termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2 a 8 graus, porque a nossa rede de frios é montada e estabelecida com essa temperatura".
Outros pontos sobre o perfil desejado são: segurança, proteção contra doença grave e moderada, eficácia, indução de memória imunológica, possibilidade de uso em todas as faixas etárias e grupos populacionais, proteção com dose única e que ela acrescente tecnologia com baixo custo de produção.
"Nós estamos avançando com o plano de imunização para Covid-19 e devemos ter os resultados ainda esta semana sobre os 10 eixos", completou Medeiros.
Vacina contra Covid
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Vacina não deve contemplar toda população
Na sexta-feira (27), o Ministério da Saúde informou que uma vacina contra a Covid-19 não deve ser oferecida para toda a população em 2021. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da pasta, Francieli Fontana, explicou que, como alguns grupos não estão participando dos testes das vacinas, não seria possível imunizar toda a população brasileira.
"Nós definimos objetivos [com grupos prioritários] para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveem estar trabalhando com todas as faixas etárias inicialmente, então não teríamos mesmo como vacinar toda a população brasileira", disse Francieli.
O secretário-executivo Elcio Franco citou também as limitações mundiais de produção. “Quando a gente fala em imunização, o mundo não entende que terá que ter vacina para todos. A própria Covax Facility, iniciativa que junta uma série de laboratórios, ela almeja acesso a 2 bilhões de doses para a vacinar todo o mundo, e por aí verificamos que é uma meta bastante ambiciosa porque não se imagina que haverá vacina para vacinar todos os cidadãos do planeta Terra.”
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