Os jogadores de rúgbi franceses acusados de estupro na Argentina foram autorizados pela Justiça a deixar o país sul-americano nesta terça-feira (3), quase dois meses depois de serem denunciados por uma mulher de 39 anos na província de Mendoza.
Os jogadores de rúgbi franceses acusados de estupro na Argentina foram autorizados pela Justiça a deixar o país sul-americano nesta terça-feira (3), quase dois meses depois de serem denunciados por uma mulher de 39 anos na província de Mendoza. “Durante a audiência de hoje no Polo Judicial Penal, a saída dos dois cidadãos franceses do país não foi objeto de discussão nessa área, nem a promotoria se opôs à implementação efetiva da decisão do procurador adjunto, Dr. Gonzalo Nazar, para que a resolução seja firme e eles possam deixar o país a partir deste momento”, diz um comunicado judicial.
A juíza de garantias da província de Mendoza Eleonora Arenas aprovou o pedido feito pelo Ministério Público para que Oscar Jegou, de 21 anos, e Hugo Auradou, de 20, retornem à França. Por decisão do procurador adjunto para assuntos criminais, Gonzalo Nasar, do Ministério Público Federal (MPF) da província, os atletas devem definir um endereço legal e virtual para saber onde encontrá-los caso tenham que comparecer a um consulado argentino para testemunhar enquanto a investigação continua, de acordo com a imprensa local.
“Em breve, a juíza de garantias decidirá se concede o pedido do autor para estender a perícia psicológica dos indiciados, a única questão levantada na audiência de hoje”, acrescentou o comunicado de imprensa do tribunal de Mendoza. Os jogadores foram denunciados em julho por abuso sexual com acesso carnal qualificado envolvendo duas ou mais pessoas. Os eventos ocorreram depois que a seleção francesa de rúgbi derrotou os “Pumas” em um amistoso no dia 6 de julho no Estádio Malvinas Argentinas em Mendoza, quando vários membros da equipe saíram para a noite como parte do descanso.
Depois de ficarem mais de um mês em prisão domiciliar, os atletas foram liberados em 12 de agosto por falta de provas, e seu advogado, Rafael Cúneo Libarona, posteriormente entrou com um pedido de arquivamento do caso. No entanto, a Justiça manteve as medidas coercitivas de retenção do passaporte e a proibição de os esportistas deixarem o país, juntamente com a impossibilidade de manter contato com a denunciante. A mulher que os denunciou tornou pública uma carta após a divulgação e garantiu que estava “morta em vida” e acusou o MPF de Mendoza de “manipular a imprensa” para gerar “uma condenação social” contra ela. De acordo com a imprensa local, a denunciante tentou tirar a própria vida em duas ocasiões nas últimas semanas.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte