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Pelo menos 7.286 casos de febre oropouche já atingem 21 Estados brasileiros, incluindo a Paraíba. A informação foi divulgada em nota pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (02/08) e destacada pela imprensa nacional. Até a última semana, eram 16 Estados.
A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas (3.224), Rondônia (1.709) e Bahia (831), de acordo com a última atualização da base do ministério no último domingo (28). Os estados com menos casos são Tocantins (2), Sergipe (2), São Paulo (2) e Paraíba (1). Um óbito em Santa Catarina está em investigação.
No dia 25 de julho, o ministério confirmou as primeiras duas mortes pela doença no mundo, que ocorreram na Bahia. Os casos são de mulheres do interior com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
A oropouche é uma arbovirose, com sintomas parecidos com os da dengue, chikungunya e algumas formas de zika: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. É transmitida principalmente pela picada do mosquito infectado Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Um estudo assinado por pesquisadores da Fiocruz Amazônia (Fundação Oswaldo Cruz) e da Unicamp (Universidade de Campinas) aponta que uma nova variante do vírus se replicou cerca de cem vezes mais em células de mamíferos em comparação à cepa original. Essa maior eficiência na replicação pode estar relacionada ao aumento recente na incidência nos anos de 2023 e 2024.
Segundo estas informações divulgadas pela Folha, o Ministério da Saúde diz que montou três grupos de pesquisa para entender melhor o mosquito transmissor da doença e o comportamento do vírus no organismo, além de acompanhar estudos científicos em andamento. Também mantém monitoramento de casos e possíveis óbitos por meio da Sala Nacional de Arboviroses.