Ainda não foi desta vez que a Justiça liberou o Padre Egídio da prisão. Na manhã desta terça (30/01), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu negar recurso do prelado, para deixar o Presídio do Valentina, onde se encontra, como resultado da Operação Indignus, comandada pelo Gaeco (Ministério Público).
Egídio, como se sabe, é acusado de desviar pelo menos R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé e demais entidades assistenciais coligadas, como Asa (Ação Social Arquidiocesana). Com a decisão da Corte, o padre continuará preso, além da ex-diretora Janine Dantas, enquanto outra ex-diretora permanecerá em prisão domiciliar.
Pra relembrar – O Padre Egídio está preso desde o dia 17 de novembro, após a Operação Indignus, desencadeada pelo Gaeco. Também foram presas as ex-diretoras Jannyne Dantas, que segue no presídio Júlia Maranhão, e Amanda Duarte, que está em prisão domiciliar por estar amamentando uma bebê de quatro meses.
Achados encontrados pelo Gaeco, com a Operação Indignus, apontaram ainda inúmeras transferências feitas pela direção do Hospital Padre Zé, em benefício de Egídio. Documentos apontam que, entre 2021 e os sete primeiros meses de 2023, até o seu afastamento, os valores alcançam o montante de R$ 4,5 milhões.
Em dezembro último, o juiz José Guedes Cavalcanti (4ª Vara Criminal), determinou, o bloqueio de R$ 116 milhões em bens do prelado preso por desvio de recursos do Hospital Padre Zé.
Hélder Moura