Paraíba

"A gente fica frustrado", diz procurador-Geral de Justiça sobre demora para julgamento da Calvário

O procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Antônio Hortêncio Rocha Neto, durante entrevista a Rádio CBN João Pessoa, nesta segunda-feira (18/12), lamentou a demora para a realização do julgamento das denúncias apresentadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Calvário.

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

18/12/2023 às 15:49:51 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

O procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Antônio Hortêncio Rocha Neto, durante entrevista a Rádio CBN João Pessoa, nesta segunda-feira (18/12), lamentou a demora para a realização do julgamento das denúncias apresentadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Calvário.

"Claro que a gente fica frustrado. A gente gostaria que fosse julgado porque se fala ainda em Calvário, mas as denúncia foram ofertadas. O Ministério Público fez a parte dele, mas essa parte fica frustrada a partir do momento que não se tem o resultado, seja de condenação, seja de absolvição", frisou Antônio Hortêncio.

O procurador voltou a defender a criação de uma Vara especializada para dar celeridade aos julgamentos de caso complexos como os da Calvário. Um projeto chegou a ser encaminhado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba à Assembleia Legislativa, mas o legislativo tem adiado a apreciação da proposta.

Cobranças

O coordenador do Gaeco, promotor Octávio Paulo Neto, ainda na primeira semana do mês de dezembro, cobrou celeridade dos deputados estaduais sobre a criação de uma Vara, com jurisdição estadual, especializada em processos e julgamentos de delitos cometidos por integrantes de Orcrim (Organização Criminosa) em território paraibano.

Leia também: Coordenador do Gaeco cobra celeridade da ALPB na criação da Vara Criminal para julgar Orcrims

Calvário

A Operação Calvário foi iniciada no Rio de Janeiro, com o início das investigações ocorrendo pelo Gaeco do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Foram as investigações no Rio de Janeiro que flagraram o servidor público Leandro Nunes Azevedo, ligado a ex-secretária de Administração do Governo da Paraíba, Livânia Farias.

Leandro tinha viajado ao Rio de Janeiro no início de agosto de 2018 para pegar com Michelle Louzada, secretária de Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha Brasileira, uma caixa com aproximadamente R$ 900 mil que foram utilizados para pagamentos a empresas contratadas que prestaram serviço na campanha de governador de João Azevedo.

As investigações se desenvolveram resultando na deflagração na primeira fase da Operação Calvário, dia 14 de dezembro de 2018. Nesse dia o empresário carioca Roberto Kremser foi preso em um hotel na orla da praia do Cabo Branco em João Pessoa.

Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha, assinou acordo de colaboração e revelou diversos crimes praticados por ele juntamente com autoridades e políticos em diversos estados do país.

No dia 1º de fevereiro de 2019 foi deflagrada a primeira fase da Operação Calvário na Paraíba, com a prisão de Leandro Nunes de Azevedo, que confessou os crimes e revelou como tudo era planejado e executado, informando que em sua viagem pegou o dinheiro no hotel e pagou aos fornecedores e prestadores de serviço da campanha eleitoral.

A investigação do Ministério Público, no âmbito da Operação Calvário, identificou o ex-governador Ricardo Coutinho como sendo chefe de uma Organização Criminosa (Orcrim) responsável pelo suposto desvio de um montante superior aos R$ 130 milhões dos cofres públicos paraibanos nos setores da Saúde e da Educação durante a sua gestão.

 

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