Paraíba

Caso Ana Sophia: bombeiros e polícia retomam buscas por corpo da menina, em Bananeiras

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Por PCV Comunicação e Marketing Digital

14/11/2023 às 16:14:30 - Atualizado há
Corpo de Bombeiros começou as buscas no local onde o corpo de Tiago Fontes foi encontrado e também deve procurar o corpo da menina no trajeto alternativo que o suspeito fez no dia do crime. Bombeiros retomam buscas por corpo da menina Ana Sophia, em Bananeiras

Pedro Junior/TV Cabo Branco

O Corpo de Bombeiros da Paraíba retomou nesta terça-feira (14) as buscas pelo corpo de Ana Sophia, menina que desapareceu no dia 4 de julho, no Distrito de Roma, em Bananeiras. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa convocada por autoridades policiais com objetivo de anunciar novas pistas que confirmam Tiago Fontes como o único suspeito de matar a criança.

Segundo o comandante Fernando, do Corpo de Bombeiros de Guarabira, as equipes iniciaram as buscas no local onde o corpo de Tiago foi encontrado. O corpo do homem foi achado por dois trabalhadores rurais na quinta-feira (9), em uma região de mata fechada, no município de Bananeiras. A suspeita da equipe é que o corpo da menina esteja em uma local úmido, por causa das pesquisas que o homem realizou na internet sobre corpos em decomposição.

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"Vamos refazer buscas em poços, cisternas e mananciais. A população que souber um lugar que a gente não tenha visualizado, souber de algum poço escondido na mata, trazer pra gente pra podermos ir até o local", pediu o comandante.

Bombeiro usa cão farejador nas buscas pelo corpo da menina Ana Sophia, em Bananeiras

Pedro Junior/TV Cabo Branco

O comandante Paiva Neto afirmou que existe a suspeita que o corpo de Ana Sophia esteja próximo ao local onde foi encontrado o corpo de Tiago Fontes. Segundo ele, as equipes devem trabalhar inicialmente em uma área de 100 metros e cães farejadores já estão no local procurando por vestígios de ocultação de cadáver.

Paiva Neto também disse que outro ponto que as equipes devem realizar buscas é no trajeto em que Tiago Fontes fez para ir até o trabalho, utilizando uma estrada alternativa.

De acordo com o delegado Aldrovilli Grisi, Tiago Fontes arquitetou a morte e ocultação do corpo de Ana Sophia, e no dia do desaparecimento da menina ele saiu mais cedo do que o habitual para trabalhar e, nesse período, saiu para ocultar o corpo de Ana Sophia.

A Polícia Civil suspeita que o homem ocultou o corpo de Ana Sophia em dois momentos, de forma provisória, e na janela de tempo em que saiu do trabalho para casa, num tempo de 1h52, ocultou o corpo da menina de forma definitiva.

O delegado Aldrovilli Grisi também explicou que Tiago Fontes pesquisou sobre vários casos de desaparecimentos de criança que envolvem morte e estupro.

A cronologia do assassinato, segundo a Polícia Civil

Vídeo mostra Ana Sophia na frente da casa de uma amiga, em Bananeiras

Reprodução/TV Cabo Branco

12h de 4 de julho - Mais ou menos ao meio-dia Ana Sophia pede a sua mãe para ir brincar na casa de uma amiga, que tal como ela mora no distrito de Roma, em Bananeiras.

12h34 de 4 de julho - Ana Sophia chega à casa da amiga, mas é informada que as pessoas da casa estão de saída, de forma que neste exato momento ela deixa o imóvel caminhando e inicia o retorno para casa.

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12h36 de 4 de julho - Ana Sophia passa por frente de um mercadinho e sua imagem é captada pelas imagens de uma câmara de segurança. Essa é a última vez que ela é vista com vida de forma nítida. Cerca de 150m adiante, um vulto é visto entrando numa casa. A Polícia Civil diz que se trata de um vulto entre 1,20m e 1,40m, com a média de 1,30m. Como Ana Sophia tinha 1,28m de altura, as medidas batem. O local coincide com a entrada da casa de Tiago Fontes.

12h50 de 4 de julho - Não é possível afirmar com segurança o horário exato da morte de Ana Sophia. Mas, ao falar sobre fatos futuros daquele mesmo dia, os delegados dão a entender que muito provavelmente o assassinato aconteceu pouco depois de a menina entrar na casa de Tiago Fontes, antes mesmo das 13h.

Polícia confirma que vídeo mostra Ana Sophia entrar na casa de suspeito e não sair mais

17h50 de 4 de julho - Tiago Fontes sai para trabalhar. Ele sai de carro, após a esposa chegar em casa da escola onde trabalha. E, num comportamento que a Polícia Civil classifica como não usual, antes ele coloca o veículo de ré na garagem de sua casa. A suspeita dos investigadores é que Ana Sophia já estava morta e tinha sido provisoriamente oculta dentro da casa do suspeito. Naquele momento, ele teria escondido o corpo da vítima no carro.

18h08 de 4 de julho - Neste exato momento, Tiago Fontes é visto chegando ao seu local de trabalho. Ele teve uma janela de apenas 18 minutos, mas investigações realizadas constataram que justo neste dia ele faz um desvio em seu local de trabalho que não costumava fazer. A Polícia Civil informou que monitorou oito idas de Tiago de casa para o trabalho e esse foi o único dia que acontece tal desvio. Os policiais suspeitam que o suspeito pegou uma de duas vias de barro que existem na área do desvio e ocultou o corpo, mais uma vez de forma provisória, numa área de mata próxima.

4h40 de 5 de julho - Passados 16 horas do crime, segundo a Polícia Civil da Paraíba, Tiago Fontes começa a fazer uma série de pesquisas em seu celular. Sobre decomposição de corpo humano, ocultação de cadáver e estágios de decomposição.

5h08 de 5 de julho - Tiago Fontes sai de seu trabalho quase uma hora antes do que seria o normal, mas ele não volta para casa pela rota habitual, que seria pela PB-105.

7h de 5 de julho - O suspeito retorna ao distrito de Roma. Segundo a Polícia Civil, isso representa uma janela de 1h52. Teria sido neste momento que ele retornou ao local onde deixara o corpo de Ana Sophia para fazer a ocultação final do corpo. Os investigadores acreditam que se trata de uma estrada de barro de difícil acesso, principalmente naquele período do ano, com chuvas. As buscas ao corpo vão ser concentrados nesta área, que ainda assim é grande.

7h37 de 5 de julho - Tiago Fontes continua a fazer pesquisas no celular. Desta vez, sobre crimes que repercutiram na Paraíba e em outras partes do país. As pesquisas tratam de casos semelhantes entre si, envolvendo assassinato, estupro e desaparecimento de crianças. É por isso que os investigadores não descartam o cometimento de crimes sexuais contra a menina.

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Fonte: G1/PB
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