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Argentinos residentes no Brasil vão à embaixada para eleger presidente

A Sala Malvinas, próxima à entrada da Embaixada da Argentina em Brasília, está movimentada neste domingo (22).

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

22/10/2023 às 15:24:38 - Atualizado há

A estudante Manuela Aldana Strok Coe vai à embaixada e vota pela primeira vez - Joédson Alves/Agência Brasil

Em eleições marcadas pelo aumento da participação juvenil, vários jovens foram à embaixada votar pela primeira vez na vida. Estudante de Ciências Contábeis na Universidade da Brasília, Manuela Aldana Strok Coe, de 18 anos, espera por mudanças após as eleições. "Espero que a gente possa ter esperança. Acho que o povo está indo para um caminho melhor", diz a universitária.

Filha de um brasileiro e de uma argentina, Manuela nasceu em Belo Horizonte, morou no país vizinho dos 2 aos 7 anos e voltou ao Brasil "para recomeçar a vida". Após morar no Rio de Janeiro por cerca de três anos, está em Brasília há oito anos.

Eleitores veteranos também compareceram à embaixada. Há 23 anos no Brasil, o representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos, disse que estas eleições são importantes. "Espero melhora na economia e nas relações internacionais", disse.

O representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos, deposita seu voto na urna - Joédson Alves/Agência Brasil

Nem Manuela, nem Martínez revelaram o voto. Martínez vota em Brasília há pelo menos 15 anos. "No começo, eu justificava [a ausência] o voto porque não sabia, mas transferi o domicílio eleitoral assim que descobri que era possível votar na embaixada e nos consulados", recorda.

Regras

Estão habilitados a votar no Brasil todos os argentinos que mudaram o domicílio eleitoral até 25 de abril. A seção eleitoral da embaixada em Brasília abrange eleitores que moram no Distrito Federal e em seis estados: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Roraima, assim como o pessoal diplomático e suas famílias.

Diferentemente do sistema eleitoral brasileiro, onde os cidadãos residentes no exterior votam apenas para presidente, os argentinos que vivem em outros países podem votar para presidente, vice-presidente, deputados federais, senadores (em oito províncias que escolhem senadores) e parlamentares do Mercosul.

A votação é feita em uma cédula única de papel, na qual o eleitor registra as preferências.

Pela legislação atual, as primárias argentinas ocorrem em agosto, o primeiro turno, em outubro, e o segundo turno, em novembro. As datas são definidas pela Junta Nacional Eleitoral, órgão argentino equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil. Os cidadãos argentinos em trânsito que não residam no exterior ou não mudaram o domicílio eleitoral têm 60 dias para justificar a ausência na votação. A justificativa pode ser feita tanto na embaixada como nos consulados.

Apuração

Antes de votar pela primeira vez, a estudante Manuela mostra a cédula eleitoral argentina - Joédson Alves/Agência Brasiltype="_moz" />

Embora a votação ocorra em papel, a expectativa é que os resultados preliminares sejam divulgados rapidamente. A embaixada argentina no Brasil estima que até as 22h deste domingo, os cidadãos saibam que irá para o segundo turno, a ser realizado em 19 de novembro.

Nas eleições argentinas, a apuração ocorre em duas fases. Na primeira, os mesários de cada seção eleitoral contam as cédulas e enviam as atas de votação à Direção Nacional Eleitoral, onde é feita a totalização preliminar. Em seguida, as cédulas são contadas manualmente, com o resultado definitivo sendo proclamado em até duas semanas.

Nas representações diplomáticas, a ata de votação assinada pelos mesários é enviada virtualmente por um sistema eleitoral. Em dois dias úteis, todo o material eleitoral – cédulas e atas originais, são enviados por correio diplomático, para a contagem definitiva dos votos.

A votação vai até as 18h.

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