Paraíba

'Não conte a Ninguém': série sobre chacina de Pioz estreia no Brasil

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Por PCV Comunicação e Marketing Digital

12/09/2023 às 15:32:07 - Atualizado há
Série espanhola conta com cinco episódios e mostra caso da família brasileira que foi assassinada em Pioz. 'No se lo digas a nadie' é uma série documental que vai focar no crime conhecido como Chacina da Espanha

Divulgação/Atresmedia Player

A série documental "Não conte a Ninguém", que reconta o assassinato de uma família de quatro paraibanos na Espanha, em setembro de 2016, crime conhecido como a Chacina de Pioz, estreou nesta terça-feira (12), na HBO Max.

A série espanhola conta com cinco episódios, com mais de 40 minutos de duração, que resgatam a história da família brasileira que foi encontrada morta num povoado espanhol e mostra o grupo de jovens no Brasil que enfrentou a incerteza de falar o que sabia.

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A produção utilizou imagens da imprensa e entrevistas exclusivas com o jovem absolvido do crime, amigos dele e do acusado, familiares e advogados do caso.

Assista ao trailer de 'No se lo digas a nadie'

A série espanhola foi exibida originalmente na plataforma Atresplayer e comprada pela HBO Max.

O documentário sobre a Chacina de Pioz contou com equipe de produção na Espanha e Brasil, formada por Raquel Hernández Morán, Patrícia Zaidan e Paula López Barba. A série foi dirigida por Juan Carlos Arroyo, com produção executiva de Luz Aldama e Teresa Latorre.

Chacina de Pioz

Os quatro paraibanos vítimas do crime foram encontrados em setembro de 2016, um mês após o assassinato. As mortes foram descobertas após vizinhos sentirem um forte odor saindo da residência. Os corpos estavam em sacolas, dentro da casa alugada pela família. As vítimas eram Marcos Nogueira, sua esposa Janaína Américo e duas crianças de 1 e 4 anos.

A família era de João Pessoa e foi morar na Espanha por causa de uma oportunidade de emprego que Marcos conseguiu. No Brasil, a família não desconfiou da morte porque era comum que eles passassem algum tempo sem dar notícias.

Marcos Nogueira, Janaína Américo e os dois filhos do casal foram encontrados mortos na Espanha

Reprodução/Facebook/Janaina Diniz Diniz

Com as investigações, a Guarda Civil espanhola apontou François Patrick Nogueira Gouveia, sobrinho de Marcos Nogueira, como o único suspeito do crime, após encontrar material genético dele no local dos assassinatos.

Na Paraíba, a Polícia Civil anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Marvin Henriques Correia, que na época tinha 18 anos, após ele trocar mensagens com o acusado durante a execução do crime e ter "incentivado" Patrick a matar Marcos, horas depois de já ter assassinado Janaína Américo e seus dois primos, além de "dar dicas de como esconder os corpos".

Processo contra Marvin continua

O documentário exibiu o depoimento de Marvin Henriques Correia, absolvido da acusação de ser partícipe da chacina de Pioz em 2021, após a Justiça entender que ele não participou do homicídio e não violou nenhuma legislação do Código Penal Brasileiro.

Porém, após a finalização do documentário, a Justiça da Paraíba reabriu, após quase dois anos, o processo contra Marvin. A nova decisão foi tomada em fevereiro de 2023, após pedido do Ministério Público da Paraíba.

Conforme a decisão que revogou a sentença antiga, Marvin estimulou Patrick, por meio de mensagens de texto, a não desistir de matar o tio, sugeriu que os corpos fossem enterrados e o orientou para que ele não fosse responsabilizado pelos crimes.

Hoje, Marvin possui um canal no YouTube e afirma que não quer ser associado ao crime.

Marvin alerta Patrick sobre a saída dele do local do crime durante a conversa

Reprodução/Polícia Civil da Paraíba

Condenado à prisão perpétua

Já Patrick foi condenado a três penas de prisão perpétua por ter matado o tio e primos. O acusado também foi condenado a uma quarta pena, de 25 anos de prisão, pelo assassinato da esposa do tio. O Supremo Tribunal da Espanha manteve a condenação e reuniu as penas em uma só condenação.

A prisão perpétua é a punição mais grave existente na Espanha. No caso, a pena ainda pode ser revista a cada 25 anos. Além desta decisão, o condenado também deve pagar uma indenização de 411.915 euros para a família das vítimas e para o proprietário da casa onde o crime aconteceu.

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Fonte: G1/PB
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