Brasil história em quadrinhos

Ditadura militar no Brasil será cenário de HQ do jogo Assassin's Creed

Famoso por explorar intrigas políticas fictícias em diferentes momentos da humanidade, o jogo Assassin's Creed ganhará uma história em quadrinhos (HQ) que se passa no Brasil da década de 1970, durante a ditadura militar.

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

24/07/2023 às 16:42:12 - Atualizado há

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Ficção com contexto realista

Vencedor dos prestigiados prêmios Eisner, Harvey, e Inkpot, da indústria dos quadrinhos, Rafael Albuquerque conta que ele, Alê Santos e Maiolo tiveram carta branca para criar uma história que se passasse no universo de Assassin's Creed, e enxergaram a visibilidade da franquia como uma oportunidade para passar uma mensagem.

"Está se tentando um revisionismo histórico a respeito disso [ditadura], então, acho que usar essa plataforma para poder deixar claro o que aconteceu é um dos pontos de a gente querer fazer sobre isso. Tem também a proximidade. Quando a gente vai falar sobre alguma coisa, é bom falar sobre algo que a gente conhece. Por mais que nenhum de nós tenha vivido aqueles tempos terríveis da ditadura, a gente achou importante endereçar isso no melhor lugar que a gente pudesse."

Apesar do compromisso com a denúncia daquele contexto histórico, o quadrinista deixa claro que a história é ficcional, com personagens e fatos inventados. Ele conta que um dos desafios foi criar algo que fosse interessante para brasileiros e estrangeiros. "O brasileiro vai pegar esse contexto de uma maneira mais pessoal, mas também tem que funcionar para o público gringo, onde a história está sendo veiculada. Precisa atender a esses dois públicos da melhor maneira."

Quadrinista oficial de super-heróis como o Batman e também de histórias de terror, como o premiado best-seller Vampiro Americano, Rafael Albuquerque afirma que La Bestia é uma história que tem ação, mas não apela para cenas explícitas de violência nem ao retratar a tortura dos porões da ditadura.

"Eu já trabalhei em histórias de terror antes, e sempre prefiro trabalhar com o suspense, muito mais do que com mostrar as coisas. É um recurso mais elegante e funciona melhor. No momento em que você sugere algumas coisas, muito mais do que mostra, você passa uma sensação mais pesada, porque a pessoa imagina o pior que ela conseguir", argumenta. "Não vai ter cenas explícitas de tortura, mas, se você lê os diálogos, se você vê a cena, tem uma construção de tensão que pode ser pesada, sim."

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