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Operação Fim do Mundo combate lavagem de dinheiro do tráfico

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

26/01/2023 às 10:37:13 - Atualizado há

Dinheiro apreendido na residência de um dos alvos, em Balneário Camboriú - Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Criminosos

São alvos das investigações três grupos criminosos que teriam movimentado mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos. Segundo a PF, a investigação começou em maio de 2020, com o propósito de combater o tráfico de drogas e a lavagem de capitais de uma organização criminosa no Rio de Janeiro.

“No decorrer dos atos investigatórios, foram identificados três grupos oriundos da mesma facção criminosa, que buscavam dar aparência lícita a dinheiro obtido por meio de atividades ilegais”, detalhou a PF, em nota.

Um deles era chefiado por dois irmãos, encarregados por levar armas e drogas a comunidades cariocas. O lucro obtido por esse primeiro grupo era aplicado, com a ajuda de um casal de corretores, em imóveis de alto padrão, no município catarinense de Balneário Camboriú

“Dentre os denunciados, estão a mãe, as esposas e as irmãs dos líderes da organização criminosa, que gozavam de uma vida de luxo no município e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias”, informou a PF.

PF recolhe material em imóvel sequestrado em Balneário Camboriú - Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

O segundo grupo era responsável pela inserção de drogas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. De acordo com os investigadores, esse grupo usava os lucros oriundos do tráfico de drogas para adquirir automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto poder aquisitivo.

Alguns dos imóveis adquiridos estão localizados em Angra dos Reis, Mangaratiba e Recreio dos Bandeirantes (foto) – todos já foram sequestrados por ordem judicial.

Nota do Ministério Público, que investiga o caso desde 2019, destaca as ações de tráfico do grupo: "A investigação verificou que um dos pontos de descarga das drogas e armamentos ilegais era a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), utilizada por traficantes devido à proximidade com a Comunidade de Acari".

“O terceiro grupo criminoso, também atuante no tráfico de entorpecentes, valia-se de empresas inexistentes ou existentes, mas com baixa atividade lucrativa, para ocultar a origem do dinheiro obtido”, detalhou a PF.

A operação decorre de mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ. Até o momento foram sequestrados 15 imóveis; 19 automóveis e duas embarcações, e foram bloqueadas mais de R$ 22 milhões em 30 contas bancárias.

Penas

Entre os crimes imputados pelo Gaeco/MPRJ aos denunciados estão o de associação criminosa e associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

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