Paraíba

Caso Júlia: corpo encontrado pela polícia vai passar por exame sexológico e de DNA

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

13/04/2022 às 08:35:01 - Atualizado há
Exame de DNA vai comprovar a identidade da vítima e o sexológico deve apontar se a menina foi vítima de violência sexual. Júlia desapareceu em João Pessoa após receber mensagens de pessoas desconhecidas pela internet

TV Cabo Branco/Reprodução

O corpo que foi encontrado no local apontado por Francisco Lopes, padrasto de Júlia dos Anjos Brandão, adolescente que sumiu na última quinta-feira (7) em João Pessoa, está no Instituto de Polícia Científica (IPC) da capital. No local, serão realizados exames de DNA e sexológico.

O exame de DNA vai confirmar se o corpo encontrado é de Júlia e o sexológico deve indicar se ela também foi vítima de violência sexual. Francisco negou que tenha cometido abuso sexual.

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Também devem ser realizados outros exames para apontar as causas da morte da menina. Por isso, ainda não há previsão de liberação do corpo.

O suspeito disse que cometeu o crime porque a a adolescente não aceitava a gravidez da mãe, segundo informou o delegado Hector Azevêdo, responsável pelo caso. Júlia dos Anjos estava desaparecida desde o último dia 7 de abril e teve o corpo encontrado na terça-feira (12), quando o padrasto confessou o crime para a polícia.

“Ele afirmou que como a sua companheira tava grávida dele de dois meses e a menina não aceitava, ele temia que a menina pudesse fazer mal ao bebê e à mãe. Por isso, teria motivado ele a cometer o crime”, contou.

Hector também explicou que desde o início os investigadores da Polícia Civil da Paraíba viam o padrasto como sendo um dos principais suspeitos pelo crime, mas que aguardou reunir mais dados antes de pressionar o homem para que ele confessasse.

Francisco confessou o crime comente em um terceiro interrogatório, em que também disse que a matou ainda dentro de casa e que só depois levou o corpo para o local onde ele foi abandonado, num reservatório de água. O suspeito disse ainda que a mãe da menina dormia na hora do crime. A polícia suspeita de que a mulher tenha sido dopada.

O suspeito passa por uma audiência de custódia ainda nesta quarta-feira. Depois, deve ser encaminhado para um presídio de João Pessoa.

Francisco Lopes, padrasto de Julia, deu entrevista à TV Cabo Branco na segunda-feira (11) sobre o desaparecimento da menina; nesta terça-feira (12), ele foi preso pela morte

TV Cabo Branco/Reprodução

Contradições que levantaram suspeita contra o padrasto

De acordo com o delegado, contradições nas falas de Francisco acabaram levantando as suspeitas. Ele explica, por exemplo, que o suspeito foi visto de madrugada saindo de casa no dia do desaparecimento da menina, identificada como Júlia. Em depoimento anterior, contudo, o homem alegava que naquele momento tinha apenas ido estacionar o seu carro, ainda que imagens de câmeras de segurança não mostrassem o carro sendo estacionado.

Nesta terça-feira (12), então, o padrasto foi novamente à Central de Polícia, sob a alegação que buscava informações sobre o crime, quando os investigadores resolveram realizar um novo depoimento. Confrontado com as contradições de suas falas, Francisco acabou confessando a autoria do crime.

A polícia suspeita que naquele momento que ele saía de casa, por volta das 3h45 da manhã, o homem já saía com o corpo de Júlia morta por asfixia para deixá-lo onde acabaria sendo encontrado

Francisco Lopes de Albuquerque segue na Central de Polícia de João Pessoa, mas o delegado já pediu a sua prisão preventiva. No momento que ela seja aceita pela justiça, o homem deve ser transferido para algum presídio da capital paraibana.

Cacimba onde corpo de Júlia foi encontrado

Silvia Torres/TV Cabo Branco

Entenda o caso

Júlia dos Anjos morava com a mãe, Josélia Araújo, e o padrasto, Francisco Lopes, no bairro de Gramame, em João Pessoa, e desapareceu na quinta-feira (7).

A mãe relatou inicialmente que a filha havia recebido mensagens de uma mulher na quarta (6), que alegou gostar do perfil dela no Instagram, e teria se oferecido para dar dicas de marketing digital para a adolescente.

A mulher desconfiava que esse poderia ter sido um dos motivos do desaparecimento da filha, hipótese que foi descartada posteriormente.

Nesta terça-feira (12), as suspeitas recaíram contra o padrasto, que após novo depoimento confessou o crime. Depois da confissão, ele ajudou os policiais a encontrar o corpo da criança, no local onde esse tinha sido abandonado.

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Fonte: G1/PB
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