A vice-presidente Kamala Harris, que se tornou a primeira mulher negra a chegar ao cargo após Biden a selecionar como companheira de chapa nas eleições de 2020, presidiu a votação. Uma porta-voz de Kamala disse que a vice-presidente acredita que Jackson irá se tornar uma juíza "excepcional".
Biden indicou Jackson no ano passado à Corte de Apelações para o Distrito de Columbia, após ela passar oito anos como juíza distrital federal. Como os três juízes conservadores indicados pelo antecessor de Biden Donald Trump, Jackson é jovem o bastante para trabalhar por décadas em seu cargo vitalício.
Durante as audiências de confirmação, Jackson apontou que nasceu em 1970, após a aprovação no Congresso de importantes leis de direitos civis que tinham o objetivo de impedir a discriminação contra pessoas negras e outras minorias, e fez referência ao fato de que seus pais passaram pela segregação racial legal em primeira mão em sua cidade natal de Miami.
Nas audiências, Jackson disse que o que ela espera levar à Suprema Corte é semelhante ao que os 115 juízes anteriores entregaram: suas próprias experiências e perspectivas de vida. Ela disse no seu caso isso inclui o tempo como juíza federal, advogada nomeada pelo tribunal para réus que não podiam pagar um advogado, membro de uma comissão federal sobre sentenças criminais e "ser uma mulher negra, herdeira afortunada do sonho dos direitos civis".
Biden tem tentado trazer mais mulheres e minorias, e uma gama mais ampla de origens para o Judiciário federal. A indicação de Jackson cumpriu uma promessa feita durante a campanha presidencial de 2020, de que nomearia uma mulher negra para Suprema Corte.