Paraíba

Estado da Paraíba deve pagar R$ 100 mil a pais de criança que morreu após ser atendida em hospital de Sousa

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

14/02/2022 às 16:39:20 - Atualizado há
Conforme consta na sentença da 5ª Vara Mista de Sousa, menino de 3 anos morreu em 2019, após quadro de apendicite estrangulada. Criança foi levada três vezes a hospital, e exames de imagem só foram realizados após agravamento de quadro. Hospital Regional de Sousa, Paraíba

Reprodução/TV Cabo Branco

O Estado da Paraíba foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil ao casal Flavia Félix Da Silva e André Dantas De Araújo, pais de uma criança que morreu em 2019, aos 3 anos, após ser atendida no Hospital Deputado Manoel Gonçalves Abrantes, em Sousa. A decisão é do juiz Natan Figueredo Oliveira, da 5ª Vara Mista de Sousa.

O g1 buscou a procuradoria do Estado da Paraíba, mas não obteve respostas até o momento da publicação desta notícia.

O menino Andrew Mohamed Dantas Silva, de 3 anos, morreu no dia 24 de julho de 2019, no Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, após um quadro de apendicite estrangulada. Nos dias 19 e 20 do mesmo mês, a mãe da criança procurou atendimento para o filho, que sentia fortes dores abdominais, no Hospital Regional de Sousa Deputado Manoel Gonçalves Abrantes.

O paciente chegou a ser liberado duas vezes, após prescrição de remédios e injeções, e exames de imagens só foram feitos após piora no quadro de saúde da criança e insistência da família. Após ser detectada uma apendicite estrangulada, Andrew foi transferido para o Hospital Infantil de Patos e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu e morreu.

Um dos trechos da sentença diz que a prescrição da medicação atenuou os sintomas de dor e que a demora no diagnóstico provocou o risco de complicações. Ressalta também que, portanto, a supuração do órgão poderia ter sido evitada.

“É forçoso concluir que a demora no correto diagnóstico, com prescrição de medicação que camuflou os sintomas de dor, atrasou o tratamento cirúrgico que se fazia premente e, sem dúvidas, incrementou o risco de complicações. (...) Vislumbra-se, assim, que a supuração do órgão poderia ter sido evitada, acaso deferido tratamento adequado e tempestivo. Fica evidente, destarte, o nexo de causalidade entre a imperícia do(s) médico(s) plantonista(s) e as graves complicações decorrentes da apendicite supurada ("estrangulada")”.

Na sentença consta que a mãe da criança, Flávia Felix da Silva, na noite do dia 19 de julho de 2019, levou o filho Andrew Mohamed Dantas Silva, de 3 anos, ao hospital Hospital Deputado Manoel Gonçalves Abrantes, com dores abdominais. O menino foi atendido por um médico que prescreveu Buscopan e liberado em seguida.

No dia seguinte, após uma piora nos sintomas, a criança foi levada novamente à unidade de saúde, e o mesmo médico que havia feito o atendimento na noite anterior receitou duas injeções e liberou o paciente.

O quadro de saúde do menino piorou, retornando ao hospital e, após hemograma, ultrassonografia abdominal e tomografia, foi encaminhado à área vermelha do hospital e depois transferido para o Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, onde foi diagnosticada "apendicite estrangulada" e realizada uma cirurgia de urgência. Três dias depois, no entanto, o menino morreu.

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Fonte: G1/PB
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