Paraíba Tribunal de Contas

TCE reprova por unanimidade contas do ex-governador Ricardo Coutinho relativas ao ano de 2018

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

24/01/2022 às 14:37:58 - Atualizado há

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) reprovou durante sessão extraordinária nesta segunda-feira (24) as contas do ex-governador Ricardo Coutinho (PT) relativas ao ano de 2018, último da gestão do petista à frente do Governo da Paraíba. O processo agora vai para análise na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Uma cópia também será encaminhada para o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e para Receita Federal.

Dentre as irregularidades encontradas pelo órgão estão o descumprimento de acórdão, o uso do mecanismo bolsa desempenho, incremento de R$ 19 milhões na despesa com folha de pessoal nos últimos seis meses de mandato, contratação de servidores usando a fórmula de codificados, programa Empreender Paraíba, transparência e divergência de dados.

O relator do processo, conselheiro Oscar Mamede Santiago Melo, votou pela reprovação das contas de Coutinho, entendimento seguido pelos conselheiros Antônio Nominando Diniz, André Carlo Torres e Antônio Gomes Vieira Filho.

Em seu voto, o relator do processo, conselheiro Oscar Mamede Santiago Melo, apontou erros nos repasses de recursos para poderes durante a gestão de Coutinho. Para Santiago, o repasse menor do duodécimo do que previsto na Lei Orçamentária Anual "gera um perigoso entrave entre a independência e harmonia na relação entre os poderes constituídos na Constituição Federal".

O conselheiro também apontou grave erro com a adoção da contratação de servidores codificados e apontou falhas na execução do programa Empreender Paraíba.

O que diz Ricardo Coutinho

Durante a defesa, Ricardo Coutinho usou o espaço para sugerir que é "alvo de uma armação" e adotou discurso político durante a sessão.

"Querem me tirar da política, não com debate, mas com as mais artimanhas e ações. Me refiro a esse processo, os que por ventura tenham qualquer responsabilidade, que tenham direito de defesa, sem que a justiça seja politizada para condenar por antecipação. Se usam disso é porque não conseguem provar as acusações. Isso não acabou, a verdade virá à tona, então talvez os humilhados serão exaltados", afirmou.

Durante a mesma sessão, a corte aprovou as contas da então vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) relativas ao período que assumiu o governo entre os dias 23 e 28 de novembro de 2018.

Fonte: Jornal a Página
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