O deputado federal paraibano Wellington Roberto (PL) está negociando a inserção do nome do filho, Bruno Roberto, como candidato ao Senado, na chapa do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), que irá disputar o Governo do Estado nas Eleições 2022.
De acordo com informações que circulam pelos bastidores, Romero e seus aliados teriam todo o interesse de abrigar o filho do deputado federal em sua chapa devido ao "poder de fogo" de Wellington Roberto numa campanha eleitoral.
Wellington é apontado como um dos mais influentes deputados do chamado Centrão em Brasília e, após se transformar num mais empenhados defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, conseguiu emplacar a esposa, Deborah Roberto como diretora de Saúde Ambiental da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o próprio Bruno Roberto como assessor especial do presidente do Banco do Nordeste (BNB), onde, segundo informações publicadas pela imprensa nacional, possui “ascendência sobre os pedidos de empréstimos de grandes empresas e investimentos do Banco na região”.
Além da esposa e do filho, o deputado federal ainda conseguiu emplacar Arnaldo Medeiros, também no Ministério da Saúde, mais precisamente, na Secretaria de Vigilância em Saúde.
Medeiros, por sinal, é apontado pela CPI da Covid, como a pessoa que teria assinado a intenção de compra da vacina Covaxin, supostamente superfaturada durante a gestão do presidente Bolsonaro. Veja abaixo:
O parlamentar paraibano, por ser fiel escudeiro de Bolsonaro na Capital Federal, ainda é apontado como um dos maiores beneficiados pelo orçamento secreto do presidente Bolsonaro ao ter conseguido indicar, sozinho, um valor total de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais).
Reparação de gafe
A decisão de aceitar Bruno Roberto na chapa majoritária de Romero também seria, de acordo com informações que correm pelos bastidores da política, devido a oportunidade de reparação de uma gafe cometida pelo ex-prefeito quando ainda estava no cargo à frente da administração municipal de Campina Grande.
A gafe seria a omissão por parte de Romero em não reconhecer publicamente, de imediato, que havia sido um montante de R$ 35 milhões frutos do trabalho de Wellington Roberto como deputado pela Paraíba em Brasília, que havia livrado a Prefeitura de Campina Grande, que estaria na iminência de viver um caos no setor da Saúde Pública, de não poder pagar servidores e fornecedores, por não ter dinheiro em caixa, o suficiente, para cumprir suas obrigações. Veja abaixo:
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