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Economia

Com privatização da CEB, setor elétrico retoma agenda de venda de estatais


Segundo CNI, fatia do mercado de distribuição de energia elétrica sob controle privado chega a 78%. Para 2021, estão previstos os leilões da CEA (AP), CEEE-D e CEEE-GT (RS) e da Eletrobras. CEB é vendida à iniciativa privada

A privatização da CEB Distribuição – braço da Companhia Energética de Brasília, realizado nesta sexta-feira (4), marcou a retomada no país dos leilões de venda de estatais do setor de energia após 2 anos sem avanços e de impasses sobre a venda da Eletrobras.

A CEB foi vendida por R$ 2,515 bilhões, 76,63% acima do valor mínimo fixado pelo edital, para a Bahia Geração de Energia, do grupo Neoenergia, que será a nova responsável pela distribuição de energia na capital federal.

A última privatização no setor tinha ocorrido em 2018, com a venda da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), que fazia parte do grupo Eletrobras.

78% do setor de distribuição de energia sob controle privado

Desde 2016, já foram realizados 8 leilões de distribuidoras de energia, incluindo o de 7 distribuidoras de energia elétrica federais.

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a privatização da CEB, 78% do setor de distribuição de energia elétrica no Brasil passa a estar sob controle privado, restando apenas 6 empresas controladas por estados ou municípios.

Últimas privatizações do setor de energia

CELG-D (Goiás) - 2016

Amazonas Energia (Amazonas) - 2018

Cepisa (Piauí) - 2018

Ceron (Rondônia) - 2018

Eletroacre (Acre) - 2018

Boa Vista Energia (Roraima) - 2018

CEAL (Alagoas) - 2018

CEB (Distrito Federal) - 2020

Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o projeto de privatização nasceu da impossibilidade de recuperar a CEB. "O estado não deve participar de algumas atividades", disse.

Na avaliação da CNI, a privatização da CEB permitirá a melhoria dos serviços de distribuição de energia no Distrito Federal, sobretudo pela previsão de investimentos por parte do comprador com obras de ampliação e modernização da infraestrutura da companhia.

“Em uma realidade de intensa restrição fiscal, é essencial para o país se contrapor à limitação de recursos públicos com uma maior participação da iniciativa privada, tanto nos investimentos, como na gestão da infraestrutura”, afirmou, em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Próximos leilões

De acordo com a CNI, as últimas empresas de distribuição energia que ainda são estatais: Cemig (MG), CEEE (RS), Copel (PR), Celesc (SC) e CEA (AP), Demei (Ijuí -RS, e DME (Poços de Caldas - MG).

Para 2021, estão previstos os leilões das empresas estaduais CEA (Tocantins), CEEE-D e CEEE-GT (Rio Grande do Sul), cujo processo de privatização está sendo estruturado sob a coordenação do BNDES.

Já a desestatização mais aguardada continua sendo a da Eletrobras, que de acordo com a nova previsão do governo federal deverá ter o leilão realizado até o 4º trimestre de 2021.

Governo prevê 9 privatizações em 2021, entre as quais Correios e Eletrobras

G1

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