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Com atraso de pagamentos, professores da Unimep em Piracicaba fazem paralisação

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

30/11/2020 às 20:39:51 - Atualizado há
Sindicato aponta atraso no pagamento de salários, 13º, férias e no depósito do FGTS para cerca de 500 profissionais. Além disso, acordo sobre dívidas de 2019 foi descumprido, diz o Sinpro. Unimep, em Piracicaba: demissões denunciadas ao MPT

Reprodução/Site da Unimep

Professores da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) entraram em greve da categoria nesta segunda-feira (30), apontando atraso no pagamento de salários, 13º, férias e no depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A aprovação da paralisação ocorreu na noite de quinta-feira (26), após assembleia, de acordo com Conceição Fornasari, diretora do Sindicato dos Professores de Campinas e Região (Sinpro).

De acordo com ela, a pauta de reivindicações inclui a quitação das seguintes dívidas:

Um terço de férias, o 13º salário e o salário do mês de dezembro de 2019;

50% dos salários desde março, que desde então são pagos pela metade;

Pagamento de um acordo feito em relação às dívidas de 2019, que foram paralisados após pagamento de duas parcelas;

Depósito de parcelas do FGTS em atraso.

"A situação dos professores e professoras da Unimep está extremamente grave. Nós não queríamos greve. Aliás, nós esperamos muito para fazer essa greve, porque nesse momento, final de semestre, uma greve virtual, ou seja, só decretamos essa greve para que nós sejamos ouvidos", afirmou Conceição.

Ainda conforme a representante do Sinpro, são cerca de 500 professores na situação citada e as aulas estão sendo realizadas em formato virtual atualmente. Segundo ela, está prevista uma reunião com o sindicato, proposta pelo IEP, para esta terça-feira (1º) para discutir a situação dos professores.

O Instituto Educacional Piracicabano, entidade mantenedora da Unimep, disse por nota que, atualmente, ocorre uma mudança na direção geral da Educação Metodista e "o início de uma transição que buscará conhecer a real situação financeira, sem criar novos passivos e distorções, bem como deliberar soluções para os desafios impostos neste novo cenário da Educação Superior".

A instituição disse ainda que tem o objetivo de retomar e manter o diálogo com todos os segmentos que, diretamente ou indiretamente, compõem a universidade, além dos representantes de associações sindicais.

Casos anteriores

Em dezembro de 2019, o Sinpro Campinas também informou que estavam em atraso os salários desde outubro e outros benefícios. Na ocasião, a entidade também relatou a demissão de uma série de professores. À época, o sindicato acionou a Justiça do Trabalho.

O Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de Piracicaba (Saep) já havia comunicado sobre atraso nos salários dos funcionários da Unimep em fevereiro do ano passado. À época, a entidade também apontou falta de repasse de vale-refeição e vale-alimentação.

O atraso nos salários e no pagamento dos benefícios desrespeita o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado em março de 2018 pela entidade mantenedora da Unimep.

Em outubro do ano retrasado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já entrou com ação de execução para reivindicar o pagamento de R$ 650 mil por descumprimento do TAC.

Em abril de 2019, a Justiça incluiu a Associação da Igreja Metodista e as dez unidades regionais da entidade no polo passivo da ação.

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Fonte: G1
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