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Acusados de perseguir opositores do governo da China são presos nos EUA


Segundo o Departamento de Justiça, grupo apoiado pelo governo de Xi Jinping procurava dissidentes em outros países. Se condenados, integrantes de grupo podem ficar cinco anos na prisão. John Demers, subsecretário de Justiça dos EUA, e Christopher Wray, diretor do FBI, participam de conferência virtual em Washington nesta quarta-feira (28)

Sarah Silbiger/Pool via AP

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (28) que prendeu cinco pessoas suspeitas de colaboração com a China para perseguir um opositor do governo chinês em Nova Jersey.

Entre os presos, está um detetive americano que foi contratado pelo grupo. Outras três pessoas foram formalmente acusadas de participação no esquema, mas não foram detidas porque acredita-se que elas estejam na China.

Por segurança, o governo americano não deu mais detalhes sobre os opositores que eram alvo do grupo. Os acusados responderão por conspiração para atuar como agente chinês, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão.

As prisões fazem parte de uma série de ações recentes do governo do presidente Donald Trump, crítico contumaz do governo de Xi Jinping, a quem culpa pela pandemia do coronavírus. A relação entre Washington e Pequim entrou na pauta da disputa eleitoral dos EUA.

Xi Jiping na Assembleia Geral da ONU

Reprodução

Caça à raposa

De acordo com o subsecretário de Justiça John Demers, o grupo participava de uma operação ilegal conhecida como Fox Hunt (Caça à raposa, em uma tradução livre). Essa ação, dizem as autoridades americanas, foi criada para ajudar o governo da China a localizar dissidentes do regime chinês no exterior.

Segundo Demers, a operação foi descrita pela China como uma campanha anticorrupção. "Mas em muitos casos, os alvos são oponentes de Xi Jinping, rivais políticos, dissidentes e críticos", salientou o subsecretário.

Demers assinalou que os "esquadrões de repatriação" chineses ingressaram nos Estados Unidos para "localizar os supostos fugitivos e usar de intimidação e outras táticas para obrigá-los a retornar à China, onde enfrentariam a prisão ou algo pior após julgamentos ilegítimos".

"Em qualquer caso, a operação é uma violação clara do estado de direito e das normas internacionais", disse Demers em entrevista coletiva.

O diretor do FBI, Christopher Wray, disse que "as tentativas flagrantes do governo chinês de monitorar, ameaçar e assediar nossos próprios cidadãos e residentes legais permanentes enquanto estão em solo americano são parte de uma campanha diversificada de roubo e influência maléfica da China em nosso país e em todo o mundo".

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