Departamento de Justiça americano acusou oito agentes chineses, mas três deles não estão nos EUA. Christopher Wray, o diretor do FBI, durante entrevista coletiva em 28 de outubro de 2020; ao fundo, John Demers, diretor adjunto do Departamento de Justiça
Sarah Silbiger/AP
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou oito pessoas que trabalham para o governo chinês de pressionar um homem que vive no estado de Nova Jersey a voltar para a China, onde ele enfrenta um processo.
Cinco foram presos nesta quarta-feira (28), acusados de participar em uma operação que, de acordo com os agentes americanos, consistia em intimidar pessoas e empregar táticas perturbadoras. As outras três, de acordo com o Departamento de Justiça, devem estar na China.
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Os chineses atuaram em uma operação chamada de Caça à Raposa. A China afirma que se trata de uma campanha anticorrupção, mas "em muitos casos, os alvos são oponentes do presidente do Partido Comunista, Xi Jinping, rivais políticos, dissidentes e críticos", afirmou o secretário de Justiça adjunto, John Demers.
"A operação é uma violação clara do estado de direito e das normas internacionais", disse Demers em entrevista coletiva.
Os detidos são acusados de "conspiração para agir nos Estados Unidos como agentes ilegais da República Popular da China".
O diretor do FBI Christopher Wray disse que "as tentativas flagrantes do governo chinês de monitorar, ameaçar e assediar nossos próprios cidadãos e residentes legais permanentes enquanto estão em solo americano são parte de uma campanha diversificada de roubo e influência maléfica da China em nosso país e em todo o mundo".