Nova tentativa de derrubar o líder do país, Alexander Lukashenko, é por meio de greves. Elas serão um teste para a oposição, que precisa mostrar que tem o apoio maciço de que precisa. 5 pontos para entender a crise em Belarus
Operários estudantes e pensionistas da Belarus entraram em uma greve e foram às ruas nesta segunda-feira (26) em uma tentativa de pressionar o líder Alexander Lukashenko a deixar o poder.
Imagem de protesto na Belarus contra o líder Alexander Lukashenko, em 26 de outubro de 2020
Reuters
Lukashenko ignorou um ultimato para entregar o poder até a meia-noite. Ele ainda desafiou seus oponentes a levarem adiante a ameaça de paralisar o país com greves, quase três meses depois que uma vitória eleitoral contestada desencadeou protestos em massa.
A polícia usou a força para deter pessoas.
Se mantidas, as greves podem iniciar uma nova fase da crise. Elas serão um teste para a oposição, que precisa mostrar que tem o apoio maciço de que precisa. Já houve greves em fábricas estatais, mas elas duraram pouco tempo.
Mulher exibe cartaz em protesto contra o governo da Belarus, em 26 de outubro de 2020
Reuters
A mídia da Belarus relatou grupos de grevistas em muitas grandes estatais, mas a porta-voz do primeiro-ministro disse que todas as grandes empresas industriais estão trabalhando normalmente.
Lojas, cafés e restaurantes foram fechados no centro de Minsk. Centenas de universitários foram às ruas da capital para bater palmas e gritar contra o governo, enquanto motoristas de carros que passavam tocando as buzinas em apoio.
Uma multidão de duas a três mil pessoas marchou por uma rua importante acenando com bandeiras vermelhas e brancas e cartazes de protesto.
Em outras partes de Minsk, policiais com máscaras e vestidos de preto saíram de vans, detendo pessoas e arrastando-as.