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Em meio à 2ª onda de Covid, Bélgica pode ficar sem leitos de UTI em 2 semanas

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

26/10/2020 às 10:29:56 - Atualizado há
França bateu recorde de novos casos pelo 4º dia seguido, e especialista alerta que situação é muito pior. Na Alemanha, um 2º distrito da Baviera adotará lockdown. Equipe médica cuida de paciente com Covid em UTI de hospital em Liege, na Bélgica, durante a 2ª onda do novo coronavírus na Europa

Francisco Seco/AP

Os hospitais da Bélgica podem ficar sem leitos de UTI daqui a 2 semanas se o número de internações continuar a aumentar no ritmo atual, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde do país, Yves Van Laethem.

Em meio ao avanço da segunda onda de infecções do novo coronavírus na Europa, a Bélgica vê o número de pacientes em unidades de terapia intensiva dobrar a cada oito dias. Foram 757 novos internados no domingo (25), e o total passou de 4,8 mil.

"Até o final da semana, devemos ultrapassar a marca de mil pacientes em terapia intensiva", afirmou Van Laethem. "Se a curva não mudar com o nosso comportamento, devemos atingir 2 mil pacientes em terapia intensiva em duas semanas, nossa capacidade máxima".

O país de 11 milhões de habitantes tem a segunda maior taxa de infecção do continente, só atrás da República Tcheca, e os novos casos de Covid dobram a cada 13 dias. Na terça, o país bateu recorde de infectados: mais de 18 mil, quase 10 vezes o pico da primeira onda da pandemia.

Com a alta nos casos, a região de Bruxelas ordenou no sábado (24) o fechamento de todas as instalações esportivas e culturais e um toque de recolher mais duro passa a vigorar nesta segunda-feira (26).

Estudantes espanhóis comem waffles na Grand Place, no centro de Bruxelas, antes do toque de recolher

Francisco Seco/AP

Covid na Europa

A França confirmou no domingo mais 52.010 casos de Covid e bateu o recorde de novos infectados pelo quarto dia consecutivo.

Mas o presidente do conselho científico que aconselha o governo sobre a pandemia, Jean-François Delfraissy, afirmou que a situação é muito pior, e o número real de casos gira em torno de 100 mil por dia.

"Estamos em uma situação muito difícil", afirmou Delfraissy a uma TV local. "Nós mesmos estamos surpresos pela brutalidade do que está acontecendo".

Questionado sobre a necessidade de um novo lockdown, o presidente do conselho científico preferiu não se manifestar e disse se tratar de uma questão política. Cerca de 46 milhões de pessoas, que vivem nas maiores cidades do país, já estão sob toque de recolher.

Na Alemanha, um segundo distrito adotará o lockdown a partir de terça-feira (27). Cerca de 120 mil pessoas que vivem em Rottal-Inn, um distrito da Baviera, serão proibidos de deixar suas casas sem um motivo válido e escolas e jardins de infância serão fechados por duas semanas.

O distrito de Berchtesgaden, nos Alpes da Baviera, adotou o lockdown na terça passada (20). O país inteiro registrou 8.685 novos casos e 25 mortes nesta segunda-feira (26), e o total de óbitos chegou a 10.056.

No fim de semana, a chanceler Angela Merkel pediu aos alemães que reduzam seus contatos sociais para evitar um segundo lockdown nacional, o que colocaria em risco a recuperação da maior economia do continente.

Na Suíça, o ministro da Saúde afirmou nesta segunda-feira (26) que novas medidas contra Covid serão anunciadas na quarta-feira (28) e devem durar muito tempo. "Não estamos tomando decisões na quarta-feira para sexta-feira, estamos tomando decisões para as próximas semanas e meses", afirmou Alain Berset.

Veja vídeos do Jornal Nacional sobre o novo coronavírus:
Fonte: G1
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