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Pesquisas indicam vitória do 'sim' para um novo texto constitucional. Manifestantes voltaram à Praça Itália, em Santiago, após o término da votação. Sebástian Piñera, presidente do Chile, vota em plebiscito sobre a nova Constituição do país neste domingo (25) Marcelo Segura/Cortesia da Presidência Chilena/Handout via ReutersAutoridades eleitorais do Chile começaram a contar na noite deste domingo (25) os votos do plebiscito que decidirá se o país terá ou não uma nova Constituição. A previsão é de que o resultado saia ainda nas próximas horas.Logo após o fechamento das urnas, centenas de manifestantes voltaram à Praça Itália, em Santiago. O local se tornou um símbolo dos protestos que tomaram o Chile em 2019 e que levaram à proposta de uma nova Constituição (leia mais sobre as manifestações no Chile no fim da reportagem).Protesto na Praça Itália, em Santiago, neste domingo (25) de plebiscito sobre nova Constituição para o ChileIvan Alvarado/ReutersNo plebiscito, os eleitores responderam a duas perguntas: "Você quer uma nova Constituição?" "Que tipo de órgão deve redigir a nova Constituição?"Pesquisas apontam que os chilenos querem, sim, uma nova Constituição para o país, e que o texto deve ser decidido por uma nova assembleia constitucional. O próprio presidente Sebástian Piñera admitiu que a vitória do "sim"."Eu acredito que a imensa maioria dos chilenos querem mudar, modificar nossa Constituição", disse Piñera.A atual Constituição data da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), mas sofreu emendas e modificações que a tornam bem diferente do texto formatado pelos militares décadas atrás.Protestos no ChileManifestantes lotam a Praça Itália, em Santiago, neste domingo (25) de plebiscito sobre nova Constituição para o ChileIvan Alvarado/ReutersA proposta de uma nova Constituição surgiu depois que protestos se espalharam por todo o Chile em outubro de 2019. Manifestações que começaram como um descontentamento pelo aumento no preço da passagem de metrô logo se transformaram em uma revolta generalizada com a classe política chilena.Com os protestos e a violência policial, a popularidade de Piñera despencou. O presidente, então, propôs medidas paliativas para lidar com os manifestantes, até que os pedidos por uma nova Constituição tomaram corpo. Assim, com apoio do Parlamento, o Chile decidiu fazer um plebiscito para decidir se muda a Carta Magna.A votação estava prevista para o primeiro semestre, mas a pandemia do novo coronavírus levou ao adiamento do pleito. Eleitores tiveram de usar máscaras e levar as próprias canetas para votar, como medidas de prevenção.Mesmo com a pandemia e com a decisão de se fazer um plebiscito, os movimentos sociais no Chile não retrocederam — inclusive com cenas de violência e depredação. Na semana passada, o incêndio de uma igreja em Santiago causou revolta no país, mesmo entre apoiadores dos protestos e de uma nova Constituição. Veja no VÍDEO abaixo.Entenda os novos protestos no Chile em 5 pontos