Filme mostra Rudy Giuliani, advogado do presidente, em situação embaraçosa. Ator disse que republicano deverá procurar novo emprego após eleições e se ofereceu para contratá-lo para interpretar um 'racista bufão'. Donald Trump, presidente dos EUA, participa de entrevista coletiva neste sábado (24) antes de embarcar no Air Force One
Tom Brenner/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocou críticas neste sábado (24) com o comediante Sacha Baron Cohen, que estreou na sexta-feira o filme "Borat Subsequent Moviefilm" (ainda sem título em português).
A produção mostra Rudolph Giuliani, advogado de Trump, em uma situação embaraçosa com uma jovem mulher que fingia ser jornalista em um quarto de hotel. A bordo do avião presidencial, o presidente a jornalistas disse que não sabia da filmagem com Giuliani.
"Eu não acho ele engraçado. Para mim, ele é detestável", disse Trump.
Sacha Baron Cohen no segundo filme do personagem Borat
Divulgação
Baron Cohen usou as redes sociais para responder à declaração do presidente e ironizou: "Donald, eu aprecio a publicidade grátis para 'Borat'. Eu admito, também não te acho engraçado. Mas o mundo inteiro ri de você mesmo assim".
"Eu estou sempre procurando pessoas para atuar como bufões racistas, e você vai precisar de um novo emprego depois de 20 de janeiro. Vamos conversar!", emendou o ator.
Cohen fez referência ao 20 de janeiro, dia previsto para a posse do presidente dos Estados Unidos. Trump disputa as eleições com o democrata Joe Biden, e o pleito está marcado para 3 de novembro — mas há estados em que a votação já começou.
Continuação de 'Borat'
Assista ao trailer de 'Borat 2'
O filme "Borat Subsequent Moviefilm" (ainda sem título em português) estreou na sexta-feira na plataforma Amazon Prime. O primeiro longa do comediante britânico de 2006, um sucesso de bilheteria, arrecadou US$ 260 milhões e lhe rendeu uma indicação ao Oscar. Assista ao trailer no VÍDEO acima.
Rodado em sigilo durante o verão no hemisfério norte, quando os Estados Unidos começaram a relaxar o confinamento pelo novo coronavírus, no longa a câmera segue Baron Cohen enquanto ele interage com as pessoas comuns e políticos através de seu alter-ego desajeitado e altamente ofensivo.
Embora os detalhes da trama permaneçam em segredo, uma das cenas envolve Giuliani, que chamou a polícia em julho, depois de ter concedido uma sórdida "entrevista" em um quarto de hotel para uma jovem atraente e paqueradora.
No filme, o encontro parece deixar o ex-prefeito de Nova York, de 76 anos, em uma situação muito embaraçosa, literalmente com as mãos presas dentro das calças.