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Irã e Rússia tentam interferir na eleição americana, diz diretor de inteligência dos EUA

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

21/10/2020 às 22:14:41 - Atualizado há
John Ratcliffe afirmou que Moscou e Teerã tiveram acesso a dados de eleitores americanos e acusou os iranianos de estarem por trás de e-mails ameaçadores mandados a pessoas registradas como democratas. Foto de julho de 2019 mostra John Ratcliffe, atualmente diretor de Inteligência Nacional dos EUA, quando era deputado republicano pelo Texas, durante audiência em Washington

Saul Loeb/AFP

O Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, John Ratcliffe, disse nesta quarta-feira (21) que a Rússia e o Irã estão tentando interferir nas eleições presidenciais americanas.

"Identificamos que dois atores estrangeiros, Irã e Rússia, tomaram medidas específicas para influenciar a opinião pública", disse Ratcliffe em entrevista coletiva.

O diretor afirmou que o Irã está por trás do envio de e-mails falsos com o objetivo de intimidar eleitores e incitar agitação social, assim como a divulgação de um vídeo que parece encorajar a votar de forma fraudulenta.

Ratcliffe disse que a inteligência americana conseguiu determinar que ambos os países também obtiveram separadamente algumas informações de registro de eleitores.

"Esses dados podem ser usados ??por atores estrangeiros para tentar transmitir informações falsas aos eleitores registrados, que eles esperam que causem confusão, caos, e minem sua confiança na democracia americana", disse o diretor em entrevista coletiva.

E-mails com ameaças

Ratcliffe afirmou que o Irã estaria por trás de uma série de e-mails ameaçadores que foram enviados esta semana a eleitores democratas.

Autoridades policiais da Flórida e o FBI já haviam anunciado que estavam investigando os e-mails ameaçadores supostamente enviados de fora dos Estados Unidos para eleitores democratas registrados. Os e-mails eram escritos como se fossem de um membro do grupo supremacista Proud Boys, o que essa organização nega.

"Estamos de posse de todas as suas informações. Você está registrado como um democrata e sabemos disso porque obtivemos acesso a toda a infraestrutura de votação. Você votará em Trump no dia da eleição ou iremos atrás de você", dizem as mensagens.

Os Proud Boys rejeitam qualquer envolvimento no caso.

Dados à venda

Segundo a empresa de cybersegurança Trustwave, um hacker estaria oferecendo informações de identificação de mais de 200 milhões de norte-americanos online, incluindo os registros eleitorais de 186 milhões de cidadãos.

Os dados são uma mistura de material roubado em várias invasões de sistema cometidas contra empresas nos últimos anos e informações disponíveis publicamente recuperados de sites do governo, disse Ziv Mador, vice-presidente de pesquisa de segurança da empresa à NBC News. Na maioria dos estados, as informações de registro eleitoral estão disponíveis publicamente, por exemplo.

Segundo a empresa, o hacker em questão oferece as informações na darweb e sua compra é negociada em criptomoedas.

"Nas mãos erradas, esses dados de eleitores e consumidores podem ser facilmente usados para campanhas de desinformação direcionadas geograficamente nas redes sociais, phishing de e-mail e golpes de texto e telefone", acrescentou Mador, "antes, durante e depois da eleição, especialmente se houver resultados são contestados".

Veja vídeos sobre a eleição americana

Fonte: G1
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