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Em sabatina no Senado, Kamala Harris critica Trump por nomear juíza conservadora antes das eleições

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

12/10/2020 às 16:01:14 - Atualizado há
Candidata a vice-presidente na chapa de Joe Biden, que ainda ocupa o cargo de senadora, argumentou que os eleitores deveriam decidir quem substituirá Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte. Para a democrata, a nomeação de Amy Coney Barrett é uma manobra para revogar lei conhecida como Obamacare. Amy Coney Barrett, juíza nomeada por Donald Trump à Suprema Corte dos EUA, assiste nesta segunda (12) a pronunciamento remoto da senadora Kamala Harris, candidata a vice-presidente

Leah Millis/Pool/Reuters

A senadora Kamala Harris, que é candidata a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa democrata encabeçada por Joe Biden, fez duras críticas à nomeação da juíza Amy Coney Barrett à Suprema Corte, durante sabatina nesta segunda-feira (12).

Em participação remota, por meio de vídeo, Harris chamou de "trabalho sujo" a nomeação da juíza antes das eleições de novembro. A democrata considera que os republicanos tentam forçar a ampliação da maioria conservadora para reverter decisões como a lei sobre seguro de saúde conhecida como o Obamacare e outras pautas como o aborto — mesmo em caso de vitória de Biden.

"A Suprema Corte é frequentemente o último refúgio para justiça igualitária quando nossos direitos constitucionais são violados", disse Harris.

Ainda de acordo com Harris, a juíza Barrett vai "desfazer o legado" da antecessora Ruth Bader Ginsburg, juíza progressista morta em setembro. A senadora ainda disse que Trump tentará "reverter direitos de americanos pelas próximas décadas".

"Todo americano deve entender que, com essa nomeação, justiça igualitária dentro da lei está em jogo. Nosso direito ao voto está em jogo. Direitos dos trabalhadores estão em jogo. Direitos dos consumidores estão em jogo. Direito ao aborto seguro e legal está em jogo. E fazer as grandes corporações se responsabilizarem está em jogo", afirmou Harris.

Sabatina entre senadores

Amy Coney Barrett, juíza nomeada por Donald Trump à Suprema Corte dos EUA, participa de sabatina no Senado

Patrick Semansky/Pool via Reuters

O Senado americano começa a analisar nesta segunda-feira (12) a nomeação de Amy Coney Barrett para uma vaga na Suprema Corte do país. A juíza conservadora foi indicada por Donald Trump para ocupar a cadeira deixada por Ruth Bader Ginsburg.

Os senadores republicanos, que são maioria, tentam uma aprovação em tempo recorde para poder garantir a confirmação de Barrett no cargo antes das eleições de 3 de novembro. Já os democratas têm defendido que a escolha de um novo juiz deve ser deixada para depois do pleito.

Se for aprovado, todo o processo entre indicação e a confirmação terá durado menos de 22 dias. O mais rápido até então foi o do juiz Neil Gorsuch, em 2017, que demorou 66 dias. Ele também foi indicado por Trump.

O primeiro dos quatro dias de audiência será marcado pela participação dos membros da Comissão de Justiça do Senado. Cada um dos 22 membros –entre eles a candidata à vice-presidência, Kamala Harris –, terá dez minutos para apresentar sua argumentação.

Saiba quem é Amy Coney Barrett, indicada de Trump à Suprema Corte

A juíza Barrett é esperada no final da sessão desta segunda-feira em que deve fazer um breve pronunciamento. Casada e mãe de sete filhos, Barrett é católica e tende a ter visão conservadora em temas como a legalização do aborto.

Barrett trabalhou para Antonin Scalia, juiz da Suprema Corte morto em 2016 e a quem considera um mentor. Ele também era católico e considerado uma das vozes mais proeminentes do conservadorismo americano na Suprema Corte.

Próximos dias

Depois das argumentações desta segunda-feira, Barrett deve ser submetida a uma sabatina entre terça e quarta-feira. Ela tem o direito de se recusar a responder perguntas que julgar comprometedoras, como temas sensíveis à política norte-americana, como o aborto.

Na quinta-feira, convidados da Comissão irão testemunhar contra e a favor da nomeação de Barrett. Logo após esta sessão, os senadores poderão votar pela confirmação ou não da juíza no cargo. Os democratas tentam pedir um prazo de uma semana para que a votação aconteça.

A votação, que deve acontecer no próximo dia 22 de outubro, deve garantir a vitória da indicação de Trump. O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, já sinalizou a intenção de aprovar Barrett no tribunal o quanto antes.

Surto de Covid

O evento que oficializou a indicação de Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, nos jardins da Casa Branca, é apontado como principal agente de dispersão da Covid-19 entre a mais alta cúpula do governo norte-americano atingindo, inclusive, o presidente Donald Trump.

Democratas tentam usar o acontecimento como forma de atrasar a votação que pode definir Barrett como membro vitalício do tribunal. Pelo menos dois senadores republicanos da Comissão de Justiça testaram positivo para o coronavírus.

Ainda se recuperando da Covid, Trump faz evento público na Casa Branca neste sábado (10)

Os senadores Mike Lee e Thom Tillis, que estão infectados, não confirmaram se estarão presentes na sessão, mas um porta-voz de Lee disse que o senador do estado de Utah não apresenta nenhum sintoma e aguarda autorização médica para participar.

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Fonte: G1
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