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Governo da Venezuela diz que pedido da União Europeia para adiar eleições legislativas é inadmissível

Por PCV Comunicação e Marketing Digital

01/10/2020 às 13:55:43 - Atualizado há
A União Europeia havia sido convidada a observar as eleições para o Parlamento, marcadas para dezembro. O bloco pediu um adiamento, mas o regime chavista não concedeu. Encontro de delegados da União Europeia com autoridades da Venezuela, em 28 de setembro de 2020

Federico Parra / AFP

O governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, afirmou nesta quinta-feira (1º) que o pedido da União Europeia para adiar as eleições legislativas de 6 de dezembro é inadmissível.

A votação será boicoteada pelos principais partidos políticos de oposição, que argumenta que haverá fraudes.

Convidada a observar as eleições, a União Europeia havia colocado como condição um adiamento.

Em um comunicado, o regime chavista afirmou que a resposta é um ato inadmissível que "não corresponde ao espírito do convite feito, nem ao bom ambiente que se desenvolveu nos últimos meses na relação com o governo da Venezuela".

O Estado venezuelano não admitirá interferências ou tutelas externas, acrescenta o documento divulgado pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que pede à União Europeia que se "limite a cumprir um positivo e respeitoso papel de facilitação".

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Cinco dias em Caracas

Na quarta-feira, após cinco dias de visita a Caracas de enviados diplomáticos da União Europeia, o bloco reiterou seu pedido de atrasar as eleições legislativas em seis meses.

"Sem um adiamento e uma melhora das condições democráticas e eleitorais, a UE não pode contemplar o envio de uma missão de observação eleitoral", disse uma nota.

Os delegados europeus se reuniram com representantes de Maduro e líderes opositores, entre eles Juan Guaidó, líder parlamentar reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países, depois que a maioria legislativa opositora chamou o presidente socialista de "usurpador" ao acusá-lo de ter sido reeleito em votações fraudulentas em 2018.

Cerca de trinta partidos opositores, entre eles o de Guaidó, anunciaram sua rejeição a participar de uma eleição que descrevem como uma "farsa". O ex-candidato presidencial Henrique Capriles havia decidido participar, mas na quarta-feira pediu o adiamento do processo por falta de "condições".

No final de junho, entre tensões por sanções da União Europeia, Maduro ordenou a expulsão da embaixadora do bloco na Venezuela, Isabel Brilhante Pedrosa, mas acabou reconsiderando sua decisão com a promessa de manter um diálogo.
Fonte: G1
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