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Sargento brasileiro preso com cocaína em voo da FAB terá de cumprir pena na Espanha


Justiça espanhola negou pedido de transferência. Manoel Silva Rodrigues foi preso com 37 kg de cocaína em uma escala em Sevilha da comitiva presidencial que acompanhava o presidente Jair Bolsonaro ao encontro do G20 no Japão. Sargento da Aeronáutica preso na Espanha por transportar 39 quilos de cocaína em avião da FAB

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A Justiça da Espanha negou nesta quinta-feira (17) o pedido de transferência do sargento brasileiro Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 37 kg de cocaína em um avião da comitiva presidencial em junho do ano passado (relembre o caso no fim da reportagem).

Sargento preso com cocaína na Espanha vai encontrar pena integralmente no país

Com a decisão, o militar brasileiro terá de cumprir a pena de seis anos de prisão integralmente na Espanha. Ele está detido em Sevilha, no sul do país. A defesa do sargento não se pronunciou sobre a decisão.

Segundo autoridades locais, o Código Penal da Espanha estabelece que condenados por crimes graves — que excedam cinco anos de prisão — cumpram toda a pena em território espanhol.

Inicialmente, Rodrigues foi condenado a oito anos de prisão, mas conseguiu ter a pena reduzida. Ele ainda foi obrigado a pagar multa de 2 milhões de euros, o que dá cerca de R$ 12,4 milhões pela cotação atual.

Relembre o caso

Mala e os 39 kg de cocaína apreendidas com militar da FAB preso na Espanha

Guarda Civil de Sevilla

Rodrigues foi preso em Sevilha em 25 de junho de 2019. Ele havia viajado a Sevilha com 39 kg de cocaína na bagagem, e ia em um dos voos da comitiva que levava Jair Bolsonaro a um encontro do G20, no Japão. O presidente não estava no mesmo avião.

Em depoimento, o brasileiro afirmou que sua missão era levar a droga até a Europa e voltar. Ao sair do aeroporto, ele iria para um centro comercial, onde aguardaria uma pessoa que daria um sinal.

A cocaína estava em 37 pacotes de um pouco mais de 1kg e quase todos enrolados em fita de cor bege. A foto foi tirada ao lado do raio-x, que permitiu que os agentes espanhóis detectassem facilmente a presença do entorpecente na mala de mão do militar.

De acordo com o inquérito da Aeronáutica obtido pela TV Globo, o sargento somente precisou submeter a bagagem a um raio-x em Sevilha. Na Base Aérea de Brasília, houve apenas pesagem das malas — e Silva Rodrigues sequer passou por esse procedimento.

Militar preso com cocaína na Espanha, em comitiva de apoio de Bolsonaro, tem vida simples

Na Espanha, o raio-x detectou presença de material orgânico na bagagem do militar. Questionado, o sargento voltou a afirmar que levava queijo a uma prima que morava na Espanha.

Quando as autoridades espanholas detectaram a presença de cocaína, Silva Rodrigues ficou em choque e não disse mais nada no local. Apenas depois, já à Justiça, o militar brasileiro afirmou que não sabia que havia cocaína na bagagem.

G1

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