O Monitor das Secas observa a situação de estiagem em 16 estados edesde o mês passado acompanha a situação deMato Grosso do Sul. Neste estado está esboçada a maior mancha de seca grave do mapa. Em 25 de julho, as Forças Armadas, órgãos ambientais, Corpo de Bombeiros e brigadistas iniciaram a Operação Pantanal para combater o incêndio na região norte deMS.
A ferramenta também identifica que entre junho e julho a estiagem diminuiu em Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, e se manteve estável no Distrito Federal, Ceará, Goiás e Sergipe.
Nessa época do ano, a seca é recorrente no bioma da Caatinga que cobre a maior parte do interior nordestino. No litoral da região, faixa leste do Rio Grande do Norte até a Bahia, no entanto, é comum ocorrerem chuvas. Conforme o monitor, as maiores precipitações foram registradas no litoral da Paraíba em julho, acima de 300 milímetrosem todo o mês.
Apesar do aumento da seca em julho em alguns estados, não se observou na Caatinga crescimento de focos ativos de queimadas, detectados por satélite, na comparação com outros anos. Conforme observação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em julho foram computados 402 focos de calor, número que é menos da metade da média de focos (989) e quase cinco vezes abaixo do recorde (1907) verificado em 2010.
Informativo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)descreve que até 2 de setembro, "as chuvas deverão diminuir na Região Nordeste e, não há previsão de chuva na região central do Brasil, que inclui a área do [chamado] Matopiba", diz o boletim em referência ao acrônimo formado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que formam região produtora de soja, algodão milho, arroz,carne bovina e leite de vaca.