BALANÇO DE FIM DE ANO PARA COMEÇAR UM ANO NOVO DIFERENTE

BALANÇO DE FIM DE ANO

Chegamos ao final de mais um ano de nossas vidas. Alguns com a certeza de muitas ações realizadas. Outros com muitas frustrações por não ter realizado aquilo que foi planejado no início do ano que se finda.

Fim de ano. Como as grandes empresas e instituições, como os comerciantes, nós também somos convidados a fazer um balanço e pensar como foi este ano: onde crescemos? Onde estacionamos? Onde recuamos? Quais foram nossos sucessos e nossos fracassos? Para que assim possamos planejar bem o ano que se avizinha é preciso responder a tudo isto.

Tempo de parar, de olhar para trás, para o presente e para o futuro. Tempo de nos questionar e procurar respostas e os melhores caminhos a seguir. Tempo de sonhar tudo de novo, de renovar as esperanças e as forças para as batalhas que nos esperam.

Como foi este ano que passou? Alcancei os meus objetivos? Ou eu passei o ano sem objetivos, sem rumos sem horizontes? O que foi bom?O foi ruim? O que eu plantei e o que eu colhi? Que sementes plantei? De flores, de espinhos? Fui mais flores ou espinhos na vida dos que vivem ao meu redor? Coloquei pedras no meu caminho e nos caminhos dos outros? Soube tirá-las.

Neste ano que está terminando, o que construí? Castelos em areia ou em pedra firme? Fui um construtor da paz ou da desunião? Da fraternidade e da solidariedade ou do egoísmo e da ganância?

Quantas pessoas eu fiz feliz ou sofrer neste ano? Quantas eu fiz chorar ou fiz sorrir? Na minha casa, na minha rua, no meu trabalho, quantos sorrisos e abraços eu dei? Quantos nãos e quantos sins eu dei?

Quantas vezes eu estendi a mão para alguém que estava caído? Quantas vezes eu disse: "posso te ajudar em alguma coisa?" alguma vez eu disse para alguém: "O que posso fazer para te ajudar a ser feliz e a conquistar teus sonhos?"

No ano de 2020 quantas pedras eu atirei nas pessoas? Quantas pétalas eu semeei nos caminhos dos outros? Quantas vezes e olhei para o cisco do olho dos meus irmãos e esqueci de tirar a trave dos meus olhos? Quantas vezes eu condenei alguém ao inferno e ao sofrimento? Quantas vezes eu salvei alguém? Quantas vezes eu fui juiz ou fui pai, mãe, irmão, amigo cheio de amor, misericórdia e compaixão?

O que me fez feliz neste ano e o que me fez sofrer? Eu consigo me lembrar dos meus erros e dos meus acertos? Neste ano eu fiz algo diferente e melhor do que o ano passado? Onde eu cresci? Onde eu regredi? Onde eu parei?

Consigo me lembrar dos projetos que fiz no início do ano? Quais eu consegui realizar? E agora, quais são meus planos para o próximo ano?

Neste ano, o que e produzi no meu trabalho? Quais são os meus sucessos e os meus fracassos? O que posso fazer para melhorar e crescer? O que posso fazer para que vivamos mais em paz, em harmonia, em fraternidade?

Olhando para o mundo ao meu redor: o que eu fiz para melhorar o mundo, o meu ambiente de trabalho, a minha casa, a minha família, a minha cidade, o meu bairro, a minha rua? Cuidei do meio ambiente? Quantas árvores eu plantei?

Olhando para si: cuidei de mim? Amei-me? Cuidei da minha saúde? Cuidei da minha aparência? Relaxei? Pratiquei esportes? Escutei uma boa música? Li um bom livro? Que presentes eu me dei? Que carinhos eu me fiz?

Olhando para os outros: soube cuidar com carinho, amor e dedicação os que estão ao meu redor? Feri alguém com minhas palavras, com meus olhares, com meus comentários? Quem eu maltratei? Espalhei mentiras e fofocas?

Neste ano que passou, alguém ou alguma coisa me maltratou? Consigo perdoar? Guardo ódio no meu coração? Tenho paz? A partir de agora: Que tal pedir perdão? Que tal começar tudo de uma forma bem melhor, para sua felicidade, a felicidade do outro e do mundo inteiro?

Que tal pensar, sonhar e construir dias melhores para você para os outros?

Fim de ano. Agora é tempo de recomeçar e dos sofrimentos, tirar lições de vida. Tempo de renovar nossas esperanças e nossos sonhos. Tempo de construir a paz, o perdão, solidariedade, a verdade, a justiça, a fraternidade.

Que no próximo ano sejamos bem melhores. Que os nossos dias sejam bem melhores. Que sejamos mais flores do que espinhos e pedras nos caminhos dos outros. Que amemos e cuidemos do outro como gostaríamos que cuidassem e amassem a nós. Ponhamos um fim na discórdia, na inveja, na preguiça, na indiferença, no racismo, no preconceito, na discriminação. Que nos amemos de verdade, assim como Jesus no amou, até o ponto de morrer por nós na cruz! Que tenhamos a coragem de morrer no lugar do outro, para que o outro viva, assim como fez Jesus!

Que não haja fofoca e mentiras entre nós. Que haja mais compreensão e perdão. Que vejamos em cada pessoa o rosto de Cristo, um nosso irmão! Que não haja mais tanta competição! Que possamos dar as mãos, pretos e brancos, jovens e idosos, católicos e evangélicos, ricos e pobres e assim construir um mundo melhor para todos! Que não haja mais fome no meio de nós: nem de arroz e nem de feijão, nem de beijo e nem de abraço, nem de carinho e nem de perdão!

Que o Menino-Deus, que veio das alturas para nos ensinar a viver no amor, no abençoe, no ilumine, nos proteja e faça cada de cada um de nós, no próximo ano uma pessoa melhor e verdadeiros seguidores seus.

Fidelis Mangueira.

Psicólogo, professor e repórter comunitário. Formado em Licenciatura e Bacharelado em Psicologia pela UFPB, Filosofia e Teologia pelo Instituto de Filosofia e Teologia da Paraíba/ Seminário Imaculada Conceição da Arquidiocese da Paraíba.